quarta-feira, 17 de março de 2010

Verdades e/ou mentiras

O maniqueísmo faz parte do pensamento judaico cristão ocidental (1). Através dos séculos a história e os massacres são contados pelas divisões entre o bem e o mal, entre o bom e o mau. Sempre o bom a perseguir o mau. Sempre comportamentos absolutos. O mau é sempre mal intencionado, o bom faz somente o bem .
Gente, não dá pra acreditar sempre nessa mesma história. Está certo que há casos doentios, paranóicos, esquizóides em que um sujeito tem a maldade dentro de si. Um serial-killer, por exemplo. Mas será que até este não terá momentos de compaixão? De um mínimo de piedade?
Os estadunidenses e seus coligados acham-se defensores do bem e da “verdade”. Mas o que acontece em Israel? Os palestinos são diariamente esmagados pelos “nazisionistas”. Que, inclusive podem perfeitamente possuir “a bomba”... Por que? Será que vão fazer o bem com uma arma tão destrutiva?
Enquanto isso o Irã (a bola da vez entre os maus) nem sequer pode fazer pesquisas com energia atômica, e que ninguem ainda conseguiu provar que vão ser empregadas para construir engenhos destrutivos.
Os EUA podem invadir o Afeganistão... Por que a China não pode invadir o Tibé? É o torto falando do aleijado. Ou é o “bem” falando do “mal”?
Os presos políticos cubanos (muitos são apenas gigolôs ou contrabandistas) estão recitados por aí em prosa e verso como “mártires da democracia”. E do outro lado da ilha, em Guantánamo, os presos são o que? Alegam os “bonzinhos” que eles são os “mauzinhos” da fita e a grande mídia nem os considera presos.
Falar nisso, outro dia Mahmoud Ahmadinejad acusou os ianques de terem permitido o ataque de 11 de setembro. Essa história já correu muitas vezes por aí e eu sempre acreditei nela. Desde 2011, aliás, conta-se que Bush sabia que ia haver um ataque pois queria combater as forças do Taleban e da Al Qaeda, invadindo o Afeganistão.
O que Bush não previa era a extensão do ato, por isso permitiu que a trama fosse adiante. Aliás, como costumo referir, nem mesmo os atacantes sabiam que este ia ser tão “grandioso” como acabou sendo. Não acredito que tenham calculado tão bem para que as duas torres desmoronassem. No ataque ao Iraque, nunca se conseguiu provar que Saddam tivesse armas de destruição em massa como foi divulgado.
Os alemães são acusados de terem matado oito milhões de judeus. Mas a Igreja romana matou mais de 60 milhões durante a Inquisição. Se os católicos tentam negar estes números, por que não se podem questionar os do chamado “holocausto”? Os nazistas mataram muitos judeus, mas tambem muitos ciganos e comunistas. Mas será que, quanto as judeus, os números divulgados são reais? Nesta eu tambem fecho com Ahmadinejad.
Desde as Cruzadas presenciamos uma mesma “guerra santa”, uma briga interna de uma grande religião monoteísta, e portanto totalitária em seus princípios, dotadas de um ser “abstrato” com tendências violentas e vingativas a que chamam de “deus”, este sim, a imagem de toda a nossa maldade... Tudo farinha do mesmo saco. Tudo levando esta “civilização” a se autodestruir por intermédio de guerras e atentados, para provar que o seu “deus”, que é exatamente o mesmo de seu adversário é o verdadeiro e o absoluto.
Fazendo minha as palavras sábias de Luis Buñuel, “graças a deus eu não acredito em deus!”...

(1) E por extensão alcança os mulçumanos pois a origem religiosa (o deus) é a mesma.

8 comentários:

Ieda Schimidt disse...

Concordo com as tuas teorias. Até porque também sou agnóstica.
Só acho que tocas em planos perigosos como o holocausto e essas "ofensas" a um Deus que é importante para muuita gente que não vai concordar e pode até se ofender.
Mas tu é de fato um adical "chic", pois tem charme e embasameno histórico para defender as tuas posições.

André Setaro disse...

Acredito que o 11 de setembro foi uma estratégia dos Estados Unidos, e, principalmente, de Bush e seus aliados conservadores, para arranjar pretexto e atacar o Afeganistão e, depois, o Iraque, a fim de controlar o seu rico petróleo. Concordo com suas avaliações que são coerentes e refletem a 'maldade' dos impérios. Acima de tudo, está a vontade de vencer, de se apoderar de tudo.

Ferreira Gullar disse em recente entrevista: "O homem inventou Deus para que este o inventasse." Mestre Buñuel, naquele livro de Ado Kyrou, teve uma frase lapidar, anticlerical que era: "Antigamente, quando me davam uma hóstia, cuspia em cima dela, mas hoje, mais evoluído, digo: não fumo dessa marca."

Jonga Olivieri disse...

Radical, sim, chique não!
Mas você tem razão. Às vezes a minha raiva oa mal que as religiões provocam, à ignorãncia e primitivismo que elas representam me faz perder as estribeiras.
O monoteismo principalmente.

Jonga Olivieri disse...

Boa a frase de Ferreira Gullar. E melhor ainda a de Buñuel, que eu conhecia e é do mesmo livro de que tirei a citada na postagem.
Aliás este livro é da BBC (Biblioteca Básica do Cinema) e daqueles velhos tempos de Bahia...

Popeye disse...

Também acho você muito radical em assuntos religiosos.
Tem que respeitar as pessoas que são.
Já no caso da política americana concordo inteiramente com você.

maria disse...

Sempre achei um pouco isso do assunto delicadíssimo do holocausto.
É um tabú contestar ou querer provas dos números citados.
E você matou a charada. Hoje eles são tão naziastas quanto forma com eles os alemães.

Jonga Olivieri disse...

Minhas análises sobre religião não determinam que as pessoas não possam ter suas crenças. muito embora ache um comportamento primitivo.
E digo isto claramente. Mas ainda acho que os politeistas teem uma formação mais democrática. pelo menos a princípio.

Jonga Olivieri disse...

Os sionistas são o nazistas de hoje. Teem um comportamento racista, sectário e extremista
E praticam o extermínio em massa.