“A palavra é o fenômeno ideológico por excelência. A realidade toda da palavra é absorvida por sua função de signo. A palavra não comporta nada que não esteja ligado a essa função, nada que não tenha sido gerado por ela. A palavra é o modo mais puro e sensível de relação social.”
Bakhtin, 1999, p. 36
“(...) pode-se compreender a palavra ‘diálogo’ num sentido amplo, isto é, não apenas como comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda comunicação verbal, de qualquer tipo que seja. O livro, isto é, o ato de fala impresso, constitui igualmente um elemento da comunicação verbal. Ele é objeto de discussões ativas sob a forma de diálogo e, além disso, é feito para ser apreendido de maneira ativa, para ser estudado a fundo, comentado e criticado (...)”
Bakhtin, 1999, p. 123
Mikhail Bakhtin (1895/1975), nascido em Orel, a sul de Moscou, cresceu entre Vínius e Odessa, cidades fronteiriças com grande variedade de línguas e culturas. Estudou Filosofia e Letras na Universidade de São Petersburgo, tendo vivido em Leningrado após a revolução de 1917. Entre os anos 24 e 29 conheceu os principais expoentes do Formalismo russo e publicou “Freudismo” (1927), “O método formal nos estudos literários” (1928) e “Marxismo e filosofia da linguagem” (1929), sendo esta última talvez a sua obra mais célebre. Foi perseguido e exilado por Stalin...
Para saber mais sobre Bakhtin:
Bakhtin, 1999, p. 36
“(...) pode-se compreender a palavra ‘diálogo’ num sentido amplo, isto é, não apenas como comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda comunicação verbal, de qualquer tipo que seja. O livro, isto é, o ato de fala impresso, constitui igualmente um elemento da comunicação verbal. Ele é objeto de discussões ativas sob a forma de diálogo e, além disso, é feito para ser apreendido de maneira ativa, para ser estudado a fundo, comentado e criticado (...)”
Bakhtin, 1999, p. 123
Mikhail Bakhtin (1895/1975), nascido em Orel, a sul de Moscou, cresceu entre Vínius e Odessa, cidades fronteiriças com grande variedade de línguas e culturas. Estudou Filosofia e Letras na Universidade de São Petersburgo, tendo vivido em Leningrado após a revolução de 1917. Entre os anos 24 e 29 conheceu os principais expoentes do Formalismo russo e publicou “Freudismo” (1927), “O método formal nos estudos literários” (1928) e “Marxismo e filosofia da linguagem” (1929), sendo esta última talvez a sua obra mais célebre. Foi perseguido e exilado por Stalin...
Para saber mais sobre Bakhtin:
4 comentários:
Mikhail Bakhtin foi muito importante no estudo da lingüística a partir de um ponto de vista marxista.
Escolheste bem as 'tuas pensatas dos outros'.
Eis que, não mais que de repente, o bloguista pensador ou, se se quiser, o pensador blogueiro (Aurélio - sim, aquele do dicionário - já morreu e não viveu a informática), resolve nos dar algumas pérolas vindas de Bakhtin, que, na minha modéstia, chamaria de 'pérolas do saber'. Há pessoas que sabem e aquelas que pensam saber, eis a verdade verdadeira no sentido kantiano.
Por falar em Kant, homem rigoroso e metódico, era pontualíssimo nos seus afazeres. Quando dava meia-dia, saia de seu gabinete e os seus vizinhos acertavam seus relógios com esta saída. Num tempo em que ainda não tinha viajado, recebeu o embaixador da Inglaterra, e ministrou uma palestra sobre o rio Tâmisa. Professor de geografia, descreveu suas margens em minúcias, relatando o que havia, pequenos detalhes, que assombraram o embaixador. Este lhe disse. Quero que o senhor seja meu cicerone numa próxima viagem à Londres. Mas, Kant, meio estupefato, respondeu: "Mas eu nunca estive na Inglaterra!"
Nunca estive muito ligado a Bakhtin até porque linguística não é o meu 'pendor'. Mas do ponto de vista ideológico ele contribuiu até para definir a luta de classes pela diferença na linguagem, etc...
Esse negocio de sair no horário eouros detalhes, me faz lembrar de um caso de Einstein em que ele estava a andar no Campus universitário e de repente encontrou um grupo de alunos que o fez parar e conversar.
Quando iam saindo um dos rapazes perguntou-lhe se já havia almoçado.
Einstein coçou o queixo, olhou pra cima meio que perdido e perguntou:
"Eu estava vindo de lá pra cá, ou de cá pra lá?" A turma respondeu unissono: "De lá pra cá".
Aí ele disse: "Ah, então já almocei!"
Coisa de gênio, né?!
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