quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Manuel Sacristán (1925-1985) como renovador das tradições emancipadoras




Salvador López Arnal (*)
traduzido para Novas Pensatas por Jorge Vital de Brito Moreira

  Para Francisco Fernández Buey, in memoriam
                Para Alberto Garzón Espinosa, excelente leitor da obra de Sacristán.             
                                                                                                           Feliz Celebração!   

Quando se fala de pensamento próprio já se está assumindo, de certa forma, que o autor de que vamos tratar não vai caber em nenhuma das gavetas em que se costumam dividir a história oficial das correntes filosóficas. Pensamento próprio tem a ver com originalidade no melhor sentido da palavra (não com o narcisismo intelectual nem com propor-se a si mesmo como um potencial descobridor de mediterrâneos). Sacristán era um filósofo com pensamento próprio, um pensador original já na década de sessenta. O que significa, neste caso original? Significa que, por sua atenção à história (e não apenas a história das ideias, mas também a história material dos seres humanos), por seu amor à literatura, à poesia e às práticas artísticas e pelo tipo de engajamento cívico, Sacristán não podia ser apenas um lógico formal, nem um filósofo analítico acadêmico. E  não estou tentando sugerir que ele não cumprisse com as normas da filosofia acadêmica, mas não era isso o que mais lhe interessava. Quando ele escreveu sua visão panorâmica da filosofia após a Segunda Guerra Mundial, deixou claro que seu principal critério para a seleção dos autores estudados foi o peso dos mesmos "na determinação da vida espiritual de sua época" e não a "tecnicalidade dominante nas academias” 

Francisco Fernández Buey (2005)

O tradutor dos Livros I e II (e de grande parte do Livro III) de O Capital morreu no dia 27 de agosto de 1985 quando voltava para casa depois de uma sessão de diálise em um centro de saúde muito perto de sua residência, na Diagonal  Barcelonesa. Dois dias depois, foi enterrado em Guils,  junto a sua primeira esposa e parceira, a hispanista Giulia Adinolfi. Ainda lembram, ainda nos lembramos, das palavras que Francisco Fernández Buey dirigiu aos que estávamos lá depois de um emotivo funeral ao que ninguém queria colocar um final.    
Dois filósofos jovens, Maria Francisca Fernández Cáceres e José Sarrión apresentaram faz apenas três anos Teses de Doutorado sobre a  obra de Sacristán. Miguel Manzanera, o autor do primeiro trabalho de doutorado sobre o pensamento de Sacristán  (não esquecendo a tese de 1985 de Jorge Vital de Brito Moreira [1]), recentemente publicou em El Viejo Topo, Atravesando en el desierto. Balance y perspectivas del marxismo en el siglo XXI, uma pesquisa inspirada no trabalho do tradutor de Heine e Lukacs, como em outra área temática, Giaime Pala, autor de Cultura clandestina. Los intelectuales del PSUC bajo el franquismo (Comares, Granada, 2016). José Luis Moreno Pestaña publicou faz poucos anos La configuración del patrón filosófico español tras la guerra civil (Biblioteca Nueva, Madrid, 2013) que colocou especial ênfase na obra do autor de Papeles de filosofía . 
O Professor  Renzo Lorente apresentou, anotou, e traduziu  em um trabalho impressionante na minha opinião, um conjunto de escritos marxistas sacristanianos mais essenciais: The Marxism of Manuel Sacristán. From Comunism to the New Social Movements. Brill publicou o livro em uma magnífica edição em 2014. Por outro lado, Jacobo Muñoz e Francisco José Martín foram editores recentes Manuel Sacristán. Razón y emancipación. O livro é importante por muitas razões. Uma delas: porque recolhe obras de filósofos de três gerações. Alguns dos nomes que colaboraram: Luis Vega Renon (autor do melhor estudo  sobre a obra lógica de Sacristán até agora), Albert Domingo Curto (editor de duas de suas obras: El orden y el tiempo y Lecturas de filosofía moderna y contemporánea [2]), César Rendueles, Maria F. Fernández Cáceres (autora da tese de doutorado que antes mencionamos e vários artigos), José Luis Moreno Pestaña, Mario Espinoza, Eduardo Maura, Pablo Lopez Alvarez, Sergio Sevilla, Jacobo Muñoz e Francisco J. Martín.
Seria imperdoável, é claro, esquecer o volume Sobre Manuel Sacristán, publicado por El Viejo Topo em 2016. O ensaio, que reúne algumas das abordagens de seu discípulo, companheiro e amigo Francisco Fernández Buey, foi coeditado por um discípulo deste último, Jordi Mir García.
Não é impossível que minha memória não tenha cunhado bem outras moedas bibliográficas proeminentes.
É pouco provável que,  a esta altura da nossa história recente, uma pessoa informada duvide  da importância do trabalho de Manuel Sacristán no campo da filosofia marxista, como divulgador, estudioso e tradutor da obra de Antônio Gramsci em nosso país e nos países latinoamericanos, ou como promotor e consolidador dos estudos de lógica na Espanha. Nem da qualidade de suas contribuições como filósofo das ciências sociais ou de sua excelência como professor, apesar de ser expulso por cerca de 11 anos da Universidad de Barcelona por seu compromisso político. Nem nos esquecemos do seu decisivo papel socrático como conferencista e professor de cidadãos, como um tradutor inesgotável (mais de 30 mil páginas em cinco línguas diferentes), como conhecedor - e em muitos casos editor e prolongador - do trabalho de Lukács, Harich, Marcuse, Zeleny ou Labriola (também de Goethe, Brossa e Heine), como editor -diretor em alguns casos- de várias revistas de grande influência político-cultural: Laye, Materiales e mientras tanto (também de Nous Horitzons nos anos de clandestinidade, como defensor de polemicas, interessantes e frutíferas teses metafilosóficas,... Finalmente, não é um exagero dizer que Manuel Sacristán foi e é um dos nossos grandes filósofos, tanto se pensamos na segunda metade do século XX ou se localizamos sua obra na história da filosofia espanhola e europeia.
Além disso, não devemos esquecer uma singularidade muito importante: Manuel Sacristán foi um filósofo politicamente comprometido a partir de 1956, quando ele tinha cerca de 30 anos até o final de seus dias, embora não sempre  na mesma organização. Não do lado de fora, à distância ou como companheiro de viagem. Se a expressão é bem compreendida, Sacristán foi durante uma parte de sua vida um filósofo do partido. Por mais de 15 anos, em tempos de perseguição, detenção, tortura e morte, foi membro do comitê central do PSUC-PCE e, durante cinco daqueles anos, membro do comitê executivo do PCE.   
Sem poder parar para falar mais sobre os pontos anteriores, é interessante aqui destacar o seu papel como renovador das tradições emancipadoras, especialmente da tradição marxista:
1. Sacristán foi - ou pode ser visto como - um marxista analítico (que nunca esqueceu a história de sua própria tradição e a História com letras maiúsculas) avant la lettre. Seu estilo cuidadoso e preciso, que busca combinar clareza e profundidade sem inconsistências, já pode ser visto em seu primeiro material marxista,  Para leer el Manifiesto Comunista”[3], não publicado até agora, e nos três artigos publicados em Nuestras ideas: Humanismo marxista en la “Ora Marítima” de Rafael Alberti, Tópica sobre el marxismo y los intelectuales e Jesuitas y dialéctica [4]]. O mesmo pode ser dito de outro grande artigo publicado em Horitzons: : Tres notas sobre la alianza impía [5]. Sua definição de Engelsismo e sua caracterização da ciência ainda são tão válidas no passado quanto no presente. Sacristán era, se queremos, um notável reformador do estilo e até mesmo das formas argumentativas do marxismo espanhol (e não apenas espanhol) dos anos cinquenta e sessenta.
2. Sacristán também inovou amplamente o horizonte dos autores lidos por militantes e ativistas. Ele traduziu e apresentou Labriola. Ele traduziu e apresentou Gramsci. Ele traduziu e prologou Lukacs. Ele estudou e apresentou Lenin. Ele também traduziu Adorno, Marcuse (além dos acordos ou desacordos) e muitos outros, e editou obras pouco conhecidas entre nós de Marx e Engels (lembremos de seu Revolución en España). Em resumo: ele ampliou, prolongou e renovou frutuosamente uma tradição que costumava confiar, basicamente, inclusive estritamente, em alguns de seus clássicos e em alguns de seus textos mais canônicos.
3. Sacristán,  o autor de
El orden y el tiempo estudou e leu de uma maneira muito inovadora, com pensamento próprio como apontado por Francisco Fernández Buey, os clássicos da tradição. Começando com o Anti-Dühring engelsiano [6], um clássico do marxismo espanhol como foi observado por Gregorio Moran em alguma ocasião, seguido por Lukacs (ele é realmente magistral na sua apresentação crítica de El asalto a la razón) e continuando com o próprio Lenin. Uma palestra que ele deu na Universidade Autônoma de Barcelona, ​​em abril de 1970, abriu com estas palavras: "A inadequação teórica ou profissional dos escritos filosóficos de Lenin salta nos olhos do leitor. Para ignorá-la, é preciso a premeditação  do demagogo ou a escuridão do devoto "[7]. Sem cabelos na língua, sem medo no pensamento.
4. Sacristán, longe de todo o sectarismo, também inovou no tratamento de autores de outras tendências filosóficas - até mesmo em filósofos com forte e comprometida consciência político-social - embora as diferenças se manifestassem em alguns pontos. Seu trabalho  Russell y el socialismo [8] " é um exemplo paradigmático do que queremos apontar aqui. Seus textos, aulas ou conferencias sobre Carnap, Schlick, Neurath ou Mario Bunge, entre outros, seriam exemplos complementares. Mesmo sua abordagem à gnoseologia de Martin Heidegger, sua tese de doutorado como é conhecida (reimpressa na editora Crítica em 1995 por F. Fernandez Buey), respira dessa perspectiva. O sectarismo nunca foi uma de suas companhias filosóficas.
5. O tradutor de
El Banquete de Platón também renovou a consideração que a tradição tinha  dos valores e procedimentos democráticos, que muitas vezes eram considerados negativamente e até mesmo com desprezo, com profunda ignorância, resultado de leituras ruins, de ausência de nuances, de confusões básicas e uma má - se não terrível - concepção da luta político-cultural. O seu compromisso com a Primavera de Praga, a sua tradução de Dubcek [9], a sua entrevista com José María Mohedano para Cuadernos para el diálogo sobre a via checoslovaca ao socialismo ou a sua conferencia, dez anos depois,  Sobre el estalinismo [10], são provas do que pretendemos registrar aqui.
6. Ele tentou, naturalmente, inovar, renovar, mudar substancialmente a tradição, mostrando a irrealidade socialista do que foi chamado por décadas de "socialismo real". Poucos dias após a invasão de Praga, exatamente cinco dias, coincidindo com o que Gyorgy Lukacs expressou no mesmo dia em uma carta ao comitê central de seu partido, [11] Sacristán escreveu a Xavier Folch, seu companheiro de militância comunista na época, nos seguintes termos:
Tenho que ir a Barcelona na quinta-feira 29 de agosto de 1968. Vou passar por sua casa antes que o portão fique fechado.
Talvez porque eu, ao contrário do que você diz sobre você, não esperava os acontecimentos, a palavra "indignação" me diz pouco. A questão me parece ser a coisa mais séria que aconteceu em muitos anos, tanto por sua importância para o futuro quanto em relação  às coisas passadas. Quanto ao futuro, parece-me um sintoma de incapacidade de aprender. Quanto ao passado, parece-me confirmação das piores hipóteses sobre essa gentalha, confirmação das hipóteses que sempre resisti a considerar.
A coisa, em suma, parece-me ser um ato, se não um fim da tragédia. Até quinta-feira [12].
Raramente tem sido dito em tão poucas linhas.
7.  Sacristán plantou explicitamente, e de forma alguma marginal, a renovação da ideologia comunista após a irrupção do problemático ecologista. Não há dúvida de que isso significou todo um giro copernicano-galileano-newtoniano na tradição (também em outros, alguns deles atualmente negacionistas - em algumas de suas variantes mais poderosas - das implicações do maltrato capitalista ao meio ambiente e da Natureza em geral), nem sempre compreendido e aceito pelos líderes (não menciono nenhum nome por respeito), quadros e militantes. Este foi o "programa da hora" em seus últimos anos, até sua morte. Essencial como discípulos, estudiosos e até adversários políticos ou críticos filosóficos reconheceram.
A influência político-cultural de Wolfgang Harich e do seu
¿Comunismo sin crecimiento?, do qual ele discordou abertamente em alguns pontos, desde uma perspectiva democrática centralmente popular, merece ser mencionada e destacada.
8. Essa mesma luta pela renovação de ideias (lembre-se do que foi apontado no primeiro editorial da revista
mientras tanto ) também significou uma verdadeira inovação nos métodos utilizados. Estudo, revisão de princípios e dogmas, paciência + paciência, atividade capilar, penetração cultural em sindicatos e partidos, apostar com riscos - pelo ensino da CCOO, novas formas de fazer política (como dizemos agora, há 40 anos e seriamente ), prática e teorização da conversão do sujeito, da religião, das práticas alternativas, do feminismo, do antimilitarismo, do verdadeiro enraizamento popular,... foram alguns dos procedimentos praticados. Com tenacidade e coragem, e às vezes até com a minoria de alguns poucos.
9. Sacristán também inovou, em um nível mais acadêmico,  a nossa forma de abordar os tópicos de metodologia, lógica, filosofia e história da ciência. Suas aulas gravadas de "Metodologia das ciências sociais" dos anos 1981-82 e 1983-84 ainda estão carentes de edição. Outras foram transcritas pelo professor Joan Benach, um dos seus discípulos mais destacados, uma peça-chave (juntamente com o diretor Xavier Juncosa) dos documentários (e o livro que acompanha) que possuem o título geral “Integral Sacristán”. Sacristán, além de tudo, era uma pessoa viciada em lógica que até o final de seus dias, nunca esqueceu o ensino de seus professores em Münster em meados dos anos cinquenta. Ele nunca considerou a dialética como uma lógica alternativa para a "burguesa-fixista-horrível-absurda e obsoleta" lógica formal. Sua inovação, a penetração de sua leitura nesta área dialética, ainda está por desenvolver se, além do que já foi feito por Luis Vega, Paula Olmos, Jesús Mosterín e José Sarrión entre outros. "Lógica e dialética na obra de Manuel Sacristán" poderia ser o título de uma investigação.
10. Concluindo, para terminar injustamente em algum momento e muito consciente de que eu deixei muitos chapéus no armário, com uma inovação muito importante que deve merecer nosso estudo e reflexão tem como eixo básico suas reflexões em torno de uma política de ciência de orientação socialista Muitas de suas palestras recentes se enfocaram esse assunto. Alguns deles estão incluídos no livro Seis conferencias, mas ainda há muito para se pensar e desenvolver. José Sarrión, entre outros autores (é essencial mencionar aqui também Enric Tello), fala disso em sua tese, que será um livro, sobre “La noción de ciencia en la obra de Manuel Sacristán”.  Mas para mim, estou convencido que este é um dos temas que merecem mais dedicação. Há muito para compreender e inferir  para os numerosos problemas do nosso tempo.   
Uma última consideração. Não penso agora nas pessoas que já estão dedicadas ou muito dedicadas à obra do tradutor de Quine e Haesenjager. Para aqueles que não conseguiram chegar  a Sacristán até agora, especialmente os mais jovens,  gostaria de salientar o seguinte: 1. Se você tem um bom comando de inglês, a edição de Renzo Lorente de seus escritos, publicada por Brill, é uma ótima maneira de começar, embora possa parecer paradoxal não ler em espanhol para um autor com um estilo tão cuidadoso e com um idioma tão lindo como ele (Falta um “Sacristán essencial”  em espanhol que recolha os seus quinze artigos mais importantes). 2. Se tiverem dificuldades com o idioma, Pacifismo, ecologismo y política alternativa, El orden y el tiempo e Seis conferencias, podem ser uma boa iniciação, nessa ordem. 3. Se eles também têm adição a lógica, a leitura da Lógica elemental, Introducción a la lógica y al análisis formal e,  num ataque de imodéstia que me envergonha, Seis historias lógicas y un cuento breve [13], também nesta ordem, pode ser que seja muito útil.
Por debaixo de todas essas inovações e revisões, algo que o próprio Sacristán apontou em um de seus grandes artigos - -”¿Qué Marx se leerá en el siglo XXI?" Trata-se de seguir a mesma "coisa", com mais ou menos correções, ou se trata sobretudo de apostar em outra coisa do já podemos sonhar, pensar e construir. Não há dúvida, se trata deste último.

Notas:

1) Em abril de 1985, Manuel Sacristán ainda vivia , Jorge Vital de Brito Moreira apresentou uma tese focada no trabalho de Sacristán, com o título Ciencia, concepción del mundo y programa en el marxismo, en la Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Ciencias Políticas y Sociales."
2) Ambas na Editorial Trotta com apresentação e notas do editor.
3) Ele teve a ajuda e colaboração de Pilar Fibla, um de seus primeiros discípulos, e sua esposa Giulia Adinolfi.
4) Nos números 1, 7 e 8, respectivamente. Eles não foram coletados até agora em qualquer volume, além de sua edição original.
5) Traduzido para espanhol e recolhido em Manuel Sacristán, Sobre dialéctica, Mataró (Barcelona), El Viejo Topo, 2009.
6) Pode ser visto no primeiro volume de seus Panfletos y materiales, Sobre Marx y marxismo, Barcelona, Icaria, 1983, atualmente difíceis de localizar, e também em Sobre dialéctica, op cit., mais acessível.
7) M. Sacristán, El filosofar de Lenin. En Sobre Marx y marxismo, ob cit, pp. 133-175.
8) M. Sacristán, Russell y el socialismo. En Sobre Marx y marxismo, ob cit, pp. 191-228.
9) Em colaboração com seu companheiro e amigo (há cartas cruzadas entre eles) Alberto Mendez, o autor de Los girasoles ciegos.
10) Agora pode ser visto em M. Sacristán, Seis conferencias, Mataró (Barcelona), El Viejo Topo, 2005, prefácio de Francisco Fernández Buey, epílogo de Manuel Monereo.
11) Em 24 de agosto de 1968, Lukacs escreveu a György Aczél, que era vice-presidente do governo húngaro de 1974 a 1982 e membro do departamento político do Partido dos Trabalhadores Socialistas Húngaros, nos seguintes termos: “Caro camarada Aczél. Considero meu dever informar-lhe que não posso concordar com a solução da questão checa e dentro dela com a posição do MXZMP [Comité Central da Festa da Hungria]. Como consequência disso, devo retirar-me da minha participação na vida pública húngara dos últimos tempos. Espero que o desenvolvimento húngaro não conduza a tal situação que o estatuto da organização marxista húngara novamente me forçará a reclusão intelectual nas últimas décadas. Por favor comente sobre o conteúdo desta carta ao camarada Kádár. Com saudações comunistas, György Lukács”
12) A interessante correspondência político-filosófica de Sacristán ainda não foi editada.
13) As duas primeiras obras são de Sacristán. A terceiro foi publicada pela editora Bellaterra em 2017, e foi prolongado por Luis Vega Reñón.

Novas Pensatas publicou a tradução deste artigo com a permissão do autor usando uma licença Creative Commons, respeitando sua liberdade de publicá-la em outras fontes.


Notas do Tradutor

(1) Salvador Lopez Arnal, o autor deste texto contribuiu anteriormente com dois textos para Novas Pensatas: o primeiro texto intitulado “Manuel Sacristán Luzon, o compromisso do filósofo” pode ser encontrado no seguinte link: http://novaspensatas.blogspot.com/2011/03/manuel-sacristan-o-compromissodo.html; o segundo, intitulado “Francisco Fernández Buey, um marxista qu e amava  Gramsci e Simone Weil” pode ser lido no seguinte link: http://novaspensatas.blogspot.com/2013/05/francisco-fernandez-buey-um-marxista.html, ambos textos traduzidos por Jorge Vital de Brito Moreira.

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