A operação para evitar a falência da seguradora AIG pelo governo estadunidense, somou US$ 85 bilhões a uma conta federal que desde o início da atual crise financeira já chega a US$ 1,5 trilhão (cerca de 10% do valor do PIB dos Estados Unidos). O uso do dinheiro público para salvar instituições privadas, como a AIG e o Bear Stearns, ou a Fannie Mae e a Freddie Mac, surpreende justamente por acontecer no país que é o maior defensor do neoliberalismo econômico. A administração Bush autorizou os gastos via Tesouro e o Fed. E pode chegar a muito mais, dependendo de quantos bancos vão entrar nesta dança.
Até o início desta semana, a política oficial, encabeçada pelo Tesouro, era de que não haveria ajudas e resgates. Segundo a lógica oficial, o caso do banco Bearn Stearns seria uma exceção, assim como o das duas agências imobiliárias. O quadro mudou completamente após o caso da AIG. Por outro lado, em Detroit cresce a pressão de montadoras de veículos (que também estão mal) para um pacote. Essas pedem US$ 25 bilhões em auxílio federal. Segundo a Folha Online, citando o historiador econômico Ron Chernow em depoimento ao New York Times, “esse governo foi longe demais”. E acrescentou que os Estados Unidos “... vivem a ironia de uma administração pró-livre-mercado fazendo coisas que o governo democrata mais progressista não faria em seus maiores momentos de delírios".
Comitês financeiros do Senado e da Câmara, liderados por Democratas, começam a articular medidas contrárias ao que líderes batizaram de “farra com o dinheiro público”. Isto traduz o alto custo do capitalismo de Estado no governo desgovernado pela eminência e o pavor de uma nova crise de grandes proporções, cujo maior parâmetro é a de 1929. A novela continua em capítulos eletrizantes enquanto as contradições do sistema se aguçam neste início de um novo milênio.
Até o início desta semana, a política oficial, encabeçada pelo Tesouro, era de que não haveria ajudas e resgates. Segundo a lógica oficial, o caso do banco Bearn Stearns seria uma exceção, assim como o das duas agências imobiliárias. O quadro mudou completamente após o caso da AIG. Por outro lado, em Detroit cresce a pressão de montadoras de veículos (que também estão mal) para um pacote. Essas pedem US$ 25 bilhões em auxílio federal. Segundo a Folha Online, citando o historiador econômico Ron Chernow em depoimento ao New York Times, “esse governo foi longe demais”. E acrescentou que os Estados Unidos “... vivem a ironia de uma administração pró-livre-mercado fazendo coisas que o governo democrata mais progressista não faria em seus maiores momentos de delírios".
Comitês financeiros do Senado e da Câmara, liderados por Democratas, começam a articular medidas contrárias ao que líderes batizaram de “farra com o dinheiro público”. Isto traduz o alto custo do capitalismo de Estado no governo desgovernado pela eminência e o pavor de uma nova crise de grandes proporções, cujo maior parâmetro é a de 1929. A novela continua em capítulos eletrizantes enquanto as contradições do sistema se aguçam neste início de um novo milênio.
12 comentários:
Queria saber o que diria o Sr. Alan Greenspan se ainda estivesse no FED. E o que diriam do que ele diria.
Gostei da “farra com o dinheiro público dita pelos líderes democratas”.
Porque a verdade é que o governo americano está gastando a contribuição dos que pagam impostos para finaciar o mercado, que eles mesmo diziam que era auto-regulamentado, princípio básico do neoliberalismo. Há! Há! Há!
Será que o capitalismo faliu?
A intervenção estatal serve, pelo menos, para mostrar a falência do neoliberalismo. É preciso que o estado regule o mercado, crie alguma norma, faça alguma coisa, e não deixar tudo, como estava, ao deus-dará.
Greenspan andou às turras com McCain há bem pouco tempo. Não sei ainda o que ele está dizendo do atualíssimo momento econômico.
Talvez tenha se retirado para tocar um saxofone...
No fundo, o povo paga a conta, não é verdade, Ieda?!
Falir, faliu.
O problema é que o momento histórico não está apresentando nenhuma altyernativa palpável.
Que merda, sô!
Quantos danos o stalinismo e a momenklatura fizeram ao mundo!!!
Senão é o "laissez-faire".
É a volta ao capitalismo do século XIX.
Mas o negócio é que as bolsas estão oscilando. Um dia sobem, no outro dia descem. Não deu pra sacar ainda o que está acontecendo. Ainda bem que nunca apliquei dinheiro em ações, coisa que graças a Deus nem tenho. Porque muita gente está perdendo dinheiro pra xuxú nessa ladainha.
Otávio
Está havendo uma grande interferência do estado, no caso o governo dos Estados Unidos para tentar deter a crise. Daí essas oscilações.
Você tem dado boas luzes sobre essa crise econômica.
Obrigado, Mary. Na verdade estou apenas tentando ajudar no debate sobre a questão.
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