O FMI elevou quarta-feira (dia 24) para US$ 1,3 trilhão o custo da atual crise financeira, mais de 30% acima do cálculo anterior. Foi revelado que os bancos na Europa e nos EUA perderam entre US$ 640 bilhões e US$ 735 bilhões devido à queda do valor de seus ativos. Ao acrescentar os prejuízos para todo o sistema financeiro, as perdas se elevaram ao patamar de US$ 1,3 trilhão. Um “rombo” de bom tamanho, que será pago pelo cidadão comum.
No mesmo dia, Bush, admitiu que os Estados Unidos estão “imersos em uma grave crise financeira”. Em discurso na televisão, o presidente pediu a aprovação urgente do pacote de US$ 700 bilhões para solucionar a crise financeira no país, acrescentando que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro. E evitar que o país mergulhe em “uma longa e dolorosa recessão”, com poupanças perdidas e empresas fechando a causar o desemprego em massa.
A realidade é que com o fechamento do Washington Mutual (WaMu) um dos maiores bancos dos Estados Unidos em movimentação de ativos (que foi muito afetado pela crise do setor imobiliário), eleva-se a mais de 15 o total de bancos grandes e pequenos atingidos pela crise. Outrossim, os analistas definiram o fechamento do Washington Mutual como a maior falência de um banco nos Estados Unidos. Enquanto as bolsas continuavam a despencar em todos os cantos do mundo.
Políticos, até o momento ainda discutem a aprovação do “pacotão” daquele texano desvairado, dublê de presidente, que, em última instância recairá sobre o bolso do eleitor. Melhor dizendo o contribuinte, o trabalhador, o povo. Que pagará pela política do neoliberalismo econômico, nesta bacanal financeira instituída pelo sistema em busca de lucros desenfreados, que culminou na mais grave crise em décadas. Afinal, políticos são eleitos pelo povo, e têm que fazer o seu teatrinho para justificar o fato. Coisas da hipocrisia democrática ocidental.
No mesmo dia, Bush, admitiu que os Estados Unidos estão “imersos em uma grave crise financeira”. Em discurso na televisão, o presidente pediu a aprovação urgente do pacote de US$ 700 bilhões para solucionar a crise financeira no país, acrescentando que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro. E evitar que o país mergulhe em “uma longa e dolorosa recessão”, com poupanças perdidas e empresas fechando a causar o desemprego em massa.
A realidade é que com o fechamento do Washington Mutual (WaMu) um dos maiores bancos dos Estados Unidos em movimentação de ativos (que foi muito afetado pela crise do setor imobiliário), eleva-se a mais de 15 o total de bancos grandes e pequenos atingidos pela crise. Outrossim, os analistas definiram o fechamento do Washington Mutual como a maior falência de um banco nos Estados Unidos. Enquanto as bolsas continuavam a despencar em todos os cantos do mundo.
Políticos, até o momento ainda discutem a aprovação do “pacotão” daquele texano desvairado, dublê de presidente, que, em última instância recairá sobre o bolso do eleitor. Melhor dizendo o contribuinte, o trabalhador, o povo. Que pagará pela política do neoliberalismo econômico, nesta bacanal financeira instituída pelo sistema em busca de lucros desenfreados, que culminou na mais grave crise em décadas. Afinal, políticos são eleitos pelo povo, e têm que fazer o seu teatrinho para justificar o fato. Coisas da hipocrisia democrática ocidental.
14 comentários:
Gostei de “bacanal financeira”. Orgia está um pouco gasto, tu hás de convir.
Com certeza absoluta a recessão é inevitável. O povo é quem vai pagar pelos estragos das classes dominantes.
Se não puderem os países como nós é que vão cumprir este papel.
Estas são as regras do sistema.
É Ieda, nada melhor do que falar com quem pensa de forma dialética.
A Práxis abre a mente da gente, principalmente porque sei que você, como eu, não segue o pseudo-marxismo mecanicista do pensamento staliniano.
A morte de Paul Newman me tirou da atenção que estava a dar ao turbilhão financeiro. Hélio Fernandes conta que, em 1929, um grande empresário americano, que costumava engraxar seus sapatos naquelas cadeiras em fila que também existiam no Rio, e que sempre batia um papo com o engraxate, de repente, ouviu deste que a hora era de vender ações, pois estavam altas. Desconfiado de ver um engraxate falar em ações, pressentiu que a alta repentina tinha um significado e, quando chegou ao seu escritório, mandou vender todas as suas ações para estupefação de seu colega e sócio. Escapou do 'debacle' por causa dessa conversa matinal na cadeira de engraxate, pois ao vender suas ações na alta ficou ainda mais rico. O mercado, para mim, é um bordel. Prefiro ir à Rua Alice.
Sua foto está muito boa e personaliza o blog nos comentários. No meu, decretei luto por três dias por causa da morte do grande Paul Newman, que o 'New York Times' disse ser o último astro do cinema americano, que, agora desaparecido, deixa órfãos seus admiradores como este que aqui apõe estas mal traçadas linhas.
Li a coluna do Hélio neste dia. Acho que já lhe disse o quanto admiro este articulista brilhante, cujo único "pecado" foi e é ser Lacerdista até hoje.
Parênteses: não que ache que Carlos Lacerda não tivesse seus valores. Era um puta dum quadro competente, mas que usou a dialética contra a própria dialética. Um paradigma. Uma contradiçâo.
Gostaria de acrescentar que também choro o desaparecimento de Paul Newman. Até acabo de deixar um comentário no seu blogue (o blogue do Setaro está nos links ao lado).
Mas, voltando à vaca fria, a história contada pelo Hélio Fernandes é a síntese do capitalismo em sua essência cruel.
Vou mais longe: a fortuna de Onassis também surgiu numa crise, não a de 1929, mas durante a guerra. Na ocasião, reza a lenda o então falido futuro armador grego estocou azeite de oliva na Argentina (onde morava então) ao saber que ia faltar no mercado. Quando a coisa estourou, ele enriqueceu.
Não sei se a história é verdadeira, mas é o que se conta.
Do jeito que vai rombo está a ponto de arrebentar a boca do balão.
Sorte do Paul Newmann que saiu de cena na hora certa.
Gostei da foto. Linda!!!
O rombo já arrebentou.
Bush esperou demais na esperança que pudesse empurrar o desastre para depois das eleições.
O Paul Newman certamente nos deixa de luto. Se você gostou da minha foto, imagina a dele? hehehe
Como não sou economista, administrador ou outra coisa qualquer, a única manifestação que sei fazer no momento é perguntar.
Se a crise estadunidense no setor bancário é reflexo da crise anterior, no setor imobiliário, isso significa o que? que a crise imobiliária não passou ainda?
Se depois deste tempo (?) a crise imobiliária refletiu na atual crise bancária, qual a dimensão, o tempo, e em que setor da economia acontecerá a próxima crise?
Existe a possibilidade, como conseqüência da crise, de um fenômeno de falência e fragmentação do estado americano?
Também não sou economista, nem tampouco administrador, caro Silvino.
Todavia, a partir da Práxis e de alguma leitura ao longo de 63 anos de praia, a gente fica a entender um pouqunho mais dessas coisas. E tentarei respostas às suas indagações.
A crise do setor imobiliário, além de não ter acabado, mas através de especulações ampliou o seu leque. O “mercado” atua com papéis voláteis que vão se espalhando. É como a metástese de um câncer. O tal “efeito dominó”. O próximo setor atingido será o mais fragilizado neste contexto. Como também não sou economista não tenho como indicar qual será.
Quanto à falência, ela não é apenas do Estado. Ela é em essência a falência do sistema como um todo que se reflete no Estado, à medida que este Estado tem que intervir para tentar administrar o “rombo”.
Em questão, no caso o "neoliberalismo".
Pode-se classificar isso como o "feitiço virou contra o feiticeiro"?
Silvino, em se tratando da política do Bush de empurrar com a barriga pra ganhar tempo, sem dúvida nenhuma.
Respondi seu comentário e, depois refleti um pouco a que você estava a referir com "o feitiço virou contra o feiticeiro"... se não seria a questão do neoliberlismo.
Creio que aí também.
Embora, como já disse anteriormente, a política do neoliberalismo tenha se dirigido mais aos países do terceirro mundo, de alguma maneira elas refletiram na ideologia dos países de primeiro mundo.
Neste caso, também o ditado se aplica.
"(...) Afinal, políticos são eleitos pelo povo, e têm que fazer o seu teatrinho para justificar o fato..." (sic)
Vamos ver o que está acontecendo hoje, dia 29 de setembro de 2008?
Não é bem pior que o 11 do mesmo mês de 2001?
E não é muito mais grave ainda porque causado por políticos em troco de demagogia e politicagem?
E depois falam tanto dos nossos em brasília. Esses são iguais.
Gervásio
"...Coisas da hipocrisia democrática ocidental". Conforme dito na postagem.
É isso aí!
Coincidência, mas você e a maria, distantes milhares de quilômetros um do outro comentram na mesmíssima hora, muito embora em postagens diferentes.
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