Há poucas décadas atrás as notícias que chegavam aos jornais e até aos telejornais eram acompanhadas de “radiofotos”. E isto durou muito tempo. Na TV, o correspondente em outros países (ou mesmo Estados) falava por telefone e sua imagem permanecia fixa na tela.
Dos anos 1990 para cá este cenário foi se modificando, fruto de uma evolução tecnológica acelerada e que transformou o dantes “vasto mundo” numa “aldeiazinha”. Tudo começou a se tornar mais fácil com a internet, o celular e outros recursos.
Hoje, as notícias que antes chegavam – na maioria das vezes – dias depois, são divulgadas em simultâneo com o fato. Mas o que aconteceu? Simplesmente o volume de informações chega em grande quantidade. E, como boa parte da imprensa vive (e gosta) de desgraças, qualquer coisinha que aconteça na Somália, quase no mesmo instante chega ao nosso conhecimento.
Em outros tempos grande parte das vezes nem sabíamos que um pequeno abalo sísmico havia acontecido no Pacífico. Ou, quando sabíamos era notícia sem importância na massa de um jornal. Claro que não me refiro a grandes terremotos, golpes de estado ou outros tipos de notícias relevantes. Mas...
Consequentemente nosso imaginário é invadido por centenas de manchetes ao vivo e a cores.
Refiro-me a isto porque os abalos no Haiti, no Chile e na Turquia, acontecidos recentemente geraram uma série de versões de que “o mundo está acabando” e coisas do gênero, quando na verdade as placas continentais estão sempre a se mover. E vão continuar a fazê-lo. Por vezes com mais e outras com menos intensidade.
Gente, tenho certeza que a ação da humanidade agrava (e acelera) problemas na natureza. Mas, podem ficar certos de que muito do que acontece por aí, é perfeitamente natural. Por isto eu disse “agrava”. O resto é ação de ciclos por que passamos. O terremoto de Lisboa aconteceu em 1755. Os dinossauros desapareceram da Terra em consequência de algum grande abalo que nem precisamos como foi. Apenas temos hipóteses sobre o fato.
Estamos a sofrer da “síndrome de 2012”, gerada por uma “previsão” um tanto quanto abstrata e esotérica dos Maias que virou um filme catástrofe que teve sucesso de bilheteria. Os “apocalípticos” sabem aproveitar ocasiões como esta.
Dos anos 1990 para cá este cenário foi se modificando, fruto de uma evolução tecnológica acelerada e que transformou o dantes “vasto mundo” numa “aldeiazinha”. Tudo começou a se tornar mais fácil com a internet, o celular e outros recursos.
Hoje, as notícias que antes chegavam – na maioria das vezes – dias depois, são divulgadas em simultâneo com o fato. Mas o que aconteceu? Simplesmente o volume de informações chega em grande quantidade. E, como boa parte da imprensa vive (e gosta) de desgraças, qualquer coisinha que aconteça na Somália, quase no mesmo instante chega ao nosso conhecimento.
Em outros tempos grande parte das vezes nem sabíamos que um pequeno abalo sísmico havia acontecido no Pacífico. Ou, quando sabíamos era notícia sem importância na massa de um jornal. Claro que não me refiro a grandes terremotos, golpes de estado ou outros tipos de notícias relevantes. Mas...
Consequentemente nosso imaginário é invadido por centenas de manchetes ao vivo e a cores.
Refiro-me a isto porque os abalos no Haiti, no Chile e na Turquia, acontecidos recentemente geraram uma série de versões de que “o mundo está acabando” e coisas do gênero, quando na verdade as placas continentais estão sempre a se mover. E vão continuar a fazê-lo. Por vezes com mais e outras com menos intensidade.
Gente, tenho certeza que a ação da humanidade agrava (e acelera) problemas na natureza. Mas, podem ficar certos de que muito do que acontece por aí, é perfeitamente natural. Por isto eu disse “agrava”. O resto é ação de ciclos por que passamos. O terremoto de Lisboa aconteceu em 1755. Os dinossauros desapareceram da Terra em consequência de algum grande abalo que nem precisamos como foi. Apenas temos hipóteses sobre o fato.
Estamos a sofrer da “síndrome de 2012”, gerada por uma “previsão” um tanto quanto abstrata e esotérica dos Maias que virou um filme catástrofe que teve sucesso de bilheteria. Os “apocalípticos” sabem aproveitar ocasiões como esta.
4 comentários:
Em décadas passadas, o baiano, que somente veio a conhecer a televisão a partir de 1960, conhecia apenas as celebridades pelas revistas (O Cruzeiro, Manchete...) e pelas atualidades cinematográficas. Pelas revistas, através das imagens sem movimento (fotos) e pelos cinejornais em imagens em movimento. Para ficar num só exemplo, o da inauguração de Brasília. No dia, apenas pelo rádio (com aquelas descargas insuportáveis), tinha-se alguma notícia. E, pelos jornais, esperava-se dois dias para ver estampadas as fotos do evento (fotos em preto e branco e pouco nítidas). Um ou dois meses depois, via-se, pelas atualidades, 'flashs' da inauguração.
Quem já nasceu na era da tecnologica avançada, da informática, não pode ter uma ideia precisa de como era a comunicação naqueles tempos. As ligações telefônicas eram precárias. Para se telefonar, por exemplo, para a Cidade Baixa (falo de Salvador), havia de se ligar para uma telefonista e esperar a chamada. Para o Rio, no caso, onde tinha parentes, era um inferno dantesco. Tinha-se de ir à telefônica e ficar esperando a tarde inteira até que fosse completada a ligação. E, mesmo assim, quando, depois de horas de espera, pegava-se no gancho, a voz era sumida, distante, e era preciso gritar, impossibilitando, com isso, uma conversação mais tranquila.
Leio nos jornais que cada baiano tem dois telefones. Mas como? É verdade. Existem 6 milhões de telefones somente na capital, que tem 3 milhões de habitantes.
Não compreendo como se fala tanto no celular. Se estou numa fila, há sempre uma pessoa ignara a falar no celular. Irrito-me profundamente. Tenho um, é verdade, mas que deixo sempre em casa e falo somente por necessidade. O celular, se tem, por um lado, serventia para alguns (médicos, taxistas...) é, para mim, uma verdadeira praga.
E para se conseguir o ruído era muito difícil. Mas, isto, outra história, como diria Moustache em 'Irma la douce', de Billy Wilder.
E o telegrama? Tinha-se que usar a companhia estadunidense "Western" que só operava na costa (via cabo submarino) e não no interior.
Mas é o que quero dizer: hoje sabe-se tudo de maneira tão intensa e imediata que banalizou-se tudo.
Não que seja mal, mas a maneira que é feita tem que ser avaliada. E não falo em censura, falo em consciência. Coisa que o capitalismo não permite.
Outra coisa que lembrei... Os jornais do Rio na Praça da Prefeitura (aí em Salvador) somente à tarde.
Nós pegamos um tempo em que as coisa eram mais difíceis. Mas tinham sua magia.
Tu tem toda razão quando fala destes guaipecas que generalizam em demasia os problemas na natureza.
Claro que nós estamos mexendo muito onde não devemos, mas a verdade é que os acidentes naturais são conseqüência de ciclos, como bem disseste.
E este entrevero de fim do mundo segundo os maias é piada.
E o pior é que tem muita gente que leva isto a sério.
Este é o espítito da coisa, Ieda!
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