domingo, 25 de abril de 2010

Risadas de domingo

Domingo é um bom dia pra rir um pouco. Por isto vou postar algumas piadinhas que vão nos fazer desopilar o fígado!


Comecemos fazendo uma homenagem a Carlos Estevão (1) e suas “Perguntas inocentes”.
Clique na imagem para vê-la ampliada
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Esta parece um papo escatológico. E na verdade o é. No entanto, pelo menos é curtinho... e grosso. Foi-me contado por um amigo do ginásio, que dizia que todas as vezes que acabava um namoro, tinha uma forma muito boa de levar a “ex” para o seu lugar definitivo: o esquecimento.
Era bem simples. Imaginava ela dando uma cagada daquelas, com prisão de ventre, em que a coitada toda torcidinha, mordia os lábios, com os olhos a ponto de saltarem para fora do rosto. No dia seguinte, estava enojado. Nem queria pensar na pobre criatura!
Também...
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Tem aquela do sujeito visivelmente mal humorado.
Chega o amigo perto dele e pergunta:
– Pô, Fulano, você está tão mal. Qual o problema?
O Fulano olha para ele e responde amargurado:
– É, Beltrano – pára, suspira fundo, e continua exclamando – Minha mulher me deixou milionário e separou-se!
– Mas, cara, tá se queixando de que... afinal?!
Fulano respira fundo, uma lágrima se lhe escorre dos olhos e retruca:
– Eu antes era bilionário...
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Um sujeito viajando de madrugada numa estrada deserta. Não via nada por alguns quilômetros, quando enxerga uma luz muito forte.
Vai se aproximando e vê que contra a luz intensa havia uma silhueta intrigante. Uma cabeça enorme, braços maiores ainda, até o chão. Sem dúvida, pensou c’os seus botões, era um E.T.
Pára o carro. Aproxima-se lentamente da silhueta e fala alto e pausadamente:
– José da Silva, comerciário, carioca, brasileiro, habitante do planeta Terra... fazendo contato.
Um certo tempo de silêncio e veio a resposta:
– Severino da Cruz, motorista, cearense, habitante do planeta Terra... fazendo cocô.
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E tem aquela do indivíduo que morreu e foi parar no inferno.
Chegando lá o diabão chefe disse:
Olha, inferno aqui é por país. Você pode escolher o que quiser, mas, detalhe, depois de escolhido vai ficar nele para todo o sempre. E soltou aquela risada cavernosa que só diabos têm.
Dito isto, o indivíduo pôs-se a correr os países. O primeiro foi a França. Chegando lá, encontra uma bichona (ex-cabeleireiro) que lhe explica:
– Aqui, a rotina é a seguinte: 10 horras do dia no fooorno! Abriu uma porta e aquela malta berrando e ardendo nas chamas. Continuou: Depois, meu beeem, tem mais dez horrras de frrigorrífico. Daí abriu uma porta e vários caras tremendo de frio, nus em pêlo. Um verdadeiro inferno!
– E aí, restam quatro horas! É pra descansar? Perguntou o indivíduo.
– Mais ou menos. Falou a bichona frrancessa. Tá vendo aquele carra forrte ali do lado? Ele dá porrrada nas duas horras que faltóm!
O indivíduo agradeceu e se mandou.
Correu vários infernos e a coisa era mais ou menos a mesma coisa com um sotaque diferente. Finalmente deparou-se com uma fila quilométrica. Curioso perguntou ao infeliz que estava ali na fila, que prontamente lhe respondeu:
– Este é o inferno brasileiro... um paraíso... O indivíduo olhou espantado para o ex-infeliz, que prosseguiu: ...O forno está sem carvão, e nem se fala em verba para isso há cerca de dois anos. O frigorífico quebrou no ano passado, mas não se sabe quando nem como será consertado. E quanto ao grandalhão da porrada. Bom... ele é funcionário público... chega, bate o ponto, deixa um casaquinho pendurado na cadeira e só volta no dia seguinte no mesmo horário. Pelo menos é mais ou menos pontual.
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(1) Caricaturista famoso entre os anos 1940/70, Carlos Estevão (1921-1970) foi o criador do imortal personagem “Dr. Macarra”, alem de outras séries famosas como “As aparências enganam” ou “Perguntas inocentes”, publicadas na revista O Cruzeiro, muito embora tenha sido tambem colaborador do Diário da Noite e O Jornal, entre outros.

9 comentários:

André Setaro disse...

Boas piadas que fizeram o domingo amanhecer risonho. Já tinha amanhecido assim, mas o domingo, para mim, é melancólico. O sol voltou à cidade, deixando no passado recente as enchentes e a calamidade dos temporais.

"Rir é o melhor remédio", já disse alguém que não me lembro (algum autor americano?). Nada melhor do que o riso para por termo ao sofrimento. Em "Deu a louca no mundo" ("It's a Mad Mad Mad Mad World", 1963), comédia de Stanley Kramer, que entrou para a vala comum do esquecimento contemporâneo, os personagens principais, no final do filme, estão todos quebrados e engessados num quarto de hospital, quando, de repente, um enfermeira, a segurar uma bandeja, escorrega numa casca de banana. A gargalhada é geral. E as fisionomias, antes sofridas e tristes, tornam-se alegres, vivas. Termina o filme com uma subida de de créditos que é um verdadeiro curta à parte.

Mas é de notar que o gosto de contar piadas quase que não existe mais entre as pessoas. Infelizmente. Também me lembro dos grandes 'causeurs', homems graves que gostavam de contar piadas numa narrativa fluente, com pausas, suspense, preparando a fluência sintática da voz para a explosão final.

Jonga Olivieri disse...

Sim, sentava-se em rodas de amigos e alguem dizia: "Sabe da última do papagaio?". E tinham as do papagaio, as do Bocage, as do português, a da bicha louca...
Mas você lembrou de "Rir é o melhor remédio", que eu acho que era uma sessão daSeleções do Reader's Digest, que, apesar de ter um lado nojento, possuia coisas interessantes como "Meu tipo inesequecível" ou "Piadas da caserna"

Ieda Schimidt disse...

Uma forma gostosa de começar um domingo.
Mas olha, aquela tua piada do colega de ginásio serve para ambos os sexos!

Jonga Olivieri disse...

Sim, acho que deve até ser mais fácil vocês imaginarem um hômi feio cagando... hehehe!

Stela Borges de Almeida disse...

O que mais gostei nestas piadas de domingo foi a risada cavernosa do diabo, fiquei imaginando o som da risada e o eco daqui desta avenida centenária, achei estridente, horripilante. Quanto a piada que lembra dejectos, vômitos e coisas parecidas do baixo ventre - cruzes- não vejo nenhuma graça. Tem? talvez uma risada de domingo. HIHIHIHI.

André Setaro disse...

Acho Carlos Estevão um gênio. Acompanhava seus desenhos e piadas na falecida "O Cruzeiro". Já morreu?

Jonga Olivieri disse...

E esta piada do inferno é antiga pra dedéu. Ela me é contada desde a minha juventude.
Na realidade, nós latinos temos esta visão crítica dos nossos governos.
Porque burocracia e desonestidade existe em toda parte. Porem os povos anglo-saxônicos teem um senso diferente do nosso, cultuam de forma xenófoba suas instituições --todas corruptas do mesmo jeito.
A melhor risada (demoníaca) que existiu, na minha opinião foi a do gênio de "O ladrão de Bagdá", aquele filme antiquissimo de Aleksander Korda, com Sabu. Um filme que até hoje me espanta a trabalheira que devem ter sido a realização de suas trucagens --algumas perfeitas até hoje--, nos tempos em que não havia computador nem botões da vida.

André Setaro disse...

CARLOS ESTEVÂO
Caricaturista, nasceu no Recife, em 1921. Criou charges para as revistas O Cruzeiro e Diretrizes e foi, também, colaborador do Diário da Noite e O Jornal. Morreu. aos 51anos, em Belo Horizonte, Minas gerais, em 1972.

Jonga Olivieri disse...

Carlos Estevão foi um dos maiores cartunistas que passaram pela imprensa brasileira.
Tinha uma capacidade criar personagens e séries que foram a sua característica mais marcante, para alem de seu desenho hilariante.
O mais interessante é que eu conheci o filho dele (Estevinho) que era, como eu, diretor de arte em agências aqui do Rio. E a Vi foi vizinha do velho Estevão et família, no bairro do Sion em Beagá, quando ainda menina.