Virou uma obsessão nacional o assassinato da menina Isabela e o envolvimento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá (1). Mas, talvez poucos se lembrem da pequena Tânia e de Neyde Maria Lopes, a “Fera da Penha”. Pretendo com ele iniciar e relembrar alguns "affaires" dito hediondos e/ou sensacionalistas, pratos feitos para a imprensa, particularmente a “marrão”.
O caso d’A Fera da Penha
Neyde conheceu Antônio Couto Araújo. Apaixonaram-se e começaram então a ter encontros freqüentes. Em pouco tempo, Neyde descobriu que Antônio, era na verdade casado e pai de duas crianças. Exigiu então que ele se separasse da esposa e das filhas. Ao ver que Antônio não abandonaria sua família, Neyde aproximou-se de Nilza Coelho Araújo (esposa de Antônio), fingindo ser uma velha colega de colégio. Não suportando ser “a outra” na vida do “amado”, decidiu tramar sua vingança contra o amante. Neyde viu em Tânia, 4 anos, filha mais velha do casal, o seu alvo ideal.
No dia 30 de junho de 1960, Neyde telefonou para a escola de Tânia, e, fazendo-se passar pela mãe, disse que precisava que a menina fosse mais cedo para casa e que mandaria uma amiga para buscá-la. Neyde pegou a menina e ficou a vagar sem rumo com Taninha por seis horas. Passou numa farmácia onde comprou um litro de álcool. Às oito da noite, levou a pequena Tânia ao galpão do Matadouro da Penha, executando friamente a indefesa vítima com um único tiro na cabeça. Em seguida, cruelmente ateou fogo em seu cadáver.
As investigações policiais levaram a Neyde, que negou o crime e forneceu pistas falsas, sempre a mentir, a refutar a autoria do crime. Após o laudo final da perícia ela já não tinha mais como fugir às evidências e acabou por confessar a autoria do crime. Foi condenada a 33 anos de prisão, mas após cumprir 15 anos, ganhou a liberdade condicional por bom comportamento. Ficou conhecida como “Fera da Penha” e diz-se que até hoje vive em um apartamento na Penha, após ter-se casado com o diretor da prisão em que cumpriu pena...
(1) Esta postagem foi publicada no antigo “Pensatas” em maio de 2008 no auge da fase inicial do "caso Nardoni".
Série dedicada à “Coleção Amarela”, uma publicação da Editora Globo (a de Porto Alegre) nos anos 1930/50, constando dela romances de autores conhecidos no gênero de mistério, tais como Edgar Wallace, Sax Rohmer, S. S. Van Dine, Agatha Christie e Georges Simenon, entre outros.
O caso d’A Fera da Penha
Neyde conheceu Antônio Couto Araújo. Apaixonaram-se e começaram então a ter encontros freqüentes. Em pouco tempo, Neyde descobriu que Antônio, era na verdade casado e pai de duas crianças. Exigiu então que ele se separasse da esposa e das filhas. Ao ver que Antônio não abandonaria sua família, Neyde aproximou-se de Nilza Coelho Araújo (esposa de Antônio), fingindo ser uma velha colega de colégio. Não suportando ser “a outra” na vida do “amado”, decidiu tramar sua vingança contra o amante. Neyde viu em Tânia, 4 anos, filha mais velha do casal, o seu alvo ideal.
No dia 30 de junho de 1960, Neyde telefonou para a escola de Tânia, e, fazendo-se passar pela mãe, disse que precisava que a menina fosse mais cedo para casa e que mandaria uma amiga para buscá-la. Neyde pegou a menina e ficou a vagar sem rumo com Taninha por seis horas. Passou numa farmácia onde comprou um litro de álcool. Às oito da noite, levou a pequena Tânia ao galpão do Matadouro da Penha, executando friamente a indefesa vítima com um único tiro na cabeça. Em seguida, cruelmente ateou fogo em seu cadáver.
As investigações policiais levaram a Neyde, que negou o crime e forneceu pistas falsas, sempre a mentir, a refutar a autoria do crime. Após o laudo final da perícia ela já não tinha mais como fugir às evidências e acabou por confessar a autoria do crime. Foi condenada a 33 anos de prisão, mas após cumprir 15 anos, ganhou a liberdade condicional por bom comportamento. Ficou conhecida como “Fera da Penha” e diz-se que até hoje vive em um apartamento na Penha, após ter-se casado com o diretor da prisão em que cumpriu pena...
(1) Esta postagem foi publicada no antigo “Pensatas” em maio de 2008 no auge da fase inicial do "caso Nardoni".
Série dedicada à “Coleção Amarela”, uma publicação da Editora Globo (a de Porto Alegre) nos anos 1930/50, constando dela romances de autores conhecidos no gênero de mistério, tais como Edgar Wallace, Sax Rohmer, S. S. Van Dine, Agatha Christie e Georges Simenon, entre outros.
6 comentários:
Este foi um caso verdadeiramente escabroso que abalou o país da mesma forma que o dos Nardoni.
Porém a mídia de então não tinha a extensão da de hoje. O que não signifique que não tinha força.
Mas é que no momento estamos vivendo como se estivessemos numa história de Sci-Fi.
Eram anos ingênuos.
Eram anos em que a televisão engatinhava no país. O Rio de Janeiro possuia quatro canais de TV aberta. E só!
Eram anos em que não existia o massacre da informação (subliminar).
Eram anos em que a propaganda era apenas um adendo à programação.
Em resumo, eram anos em que havia a possibilidade de se pensar.
Interessante observar que casos como o da Fera da Penha ficavam anos na imprensa e nas conversas do cotidiano. Lembro-me também do caso de Dina de Teffé, que O Cruzeiro deu em grande destaque. Carlos Heitor Cony, em suas crônicas, de vez em quando, e ainda hoje, fala do 'affair' Dina de Teffé. Ficávamos todos assombrados, porque naquela época ainda havia capacidade de indignação. Ao contrário dos dias atuais, quando almoçamos tranquilos ao tomarmos conhecimento dos mais variados e hediondos crimes pelos noticiários televisivos. Banalizou-se o crime.
Sim, a propaganda era um adendo à programação. O que me irrita profundamente hoje é que a propaganda também está 'dentro' dos programas. O apresentador pára e faz um anúncio de determinador produto. Um abuso!
Sim meu caro André, você definiu perfeitamente com o termo "banalização" o que acontece hoje.
Talvez outra definição que me sugeriu o seu excelente comentário é a palavra "volátil", quando você diz: "... Interessante observar que casos como o da Fera da Penha ficavam anos na imprensa e nas conversas do cotidiano...".
Hoje as pessoas se esquecem com uma facilidade tudo aquilo que os levou à emoção no dia anterior.
Isto porque são manipulados tal e qual "bonecos" ao sabor da imprensa, tam´bem manipulada pelo grande capital.
Coisa do capitalismo.
Sou publitário, mas detesto shoppings.
Sou publicitário, mas quando entram os comerciais aperto o "mudo" em meu controle remoto.
Sou publicitário mas acho um abuso o nível de intensidade a que propaganda chegou.
Talvez até porque quando trabalhava nas agências era obrigado a estar em dia com o que se fazia. Por vezes me forçava a ssistir nos intervalos o que se fazia na concorrência e o que estria mais em voga.
Era uma questão profissional. O que fazer?
Hoje, tenho mesu clientinhos, que basicamente me encomendam folders e anúncios, e, como gosto de criar, os crio no meu canto, com um puta dum tesão, mas sem aquela coisa de ter que fazê-lo...
Adendo: nunca consegui ver novela. Às vezes atrapalhava um pouco porque se costuma usar muito expressões e outras coisas que acontecem nelas.
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