Esta Pensata é o resultado de um grande susto que levei após ouvir aquele boato de que a Livraria Travessa (a original) iria fechar as portas.
Foi meu amigo e escritor Antônio Torres quem me apresentou à Livraria Travessa, aquela mesmo (ilustração acima) da Travessa do Ouvidor, 17, quase em frente ao Monumento a Pixinguinha. Era nos tempos em que ele ainda trabalhava em agência de publicidade... E eu tambem.
Apesar de trabalhar em Botafogo, uma vez por semana eu ia à Cidade almoçar com ele. E depois do almoço, quase sempre dávamos umas voltinhas pelo Centro do Rio, que tem de tudo um pouco.
E um belo dia, batemos na Travessa, a da Travessa mesmo, até porque na época era a única.
Mas hoje, a Travessa tem tambem aquela da Avenida Rio Branco, 44, no Centro, instalada no andar térreo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e em um dos últimos exemplares dos elegantes prédios da antiga Avenida Central (projeto do arquiteto Ramos de Azevedo) inaugurado em 1908 e hoje tombado pelo seu valor histórico.
Alem desta existe a do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na Rua Primeiro de Março, 66, e a de Ipanema, na Avenida Visconde de Pirajá, 572, no coração comercial do bairro. Existe outra no Shopping Leblon, e inauguraram mais recentemente a da Rua 7 de setembro, 54... E esta me fez aumentar a suspeita que, por ser tão próxima da Travessa do Ouvidor, poderia vir a substituí-la.
Daí, outro dia passei por lá e confirmei que ela (aquela da Rua da Travessa) permanece abertinha da silva. Ufa, pra mim foi o fim de um pesadelo...
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(*) O título original desta postagem era "A Travessa continua na Travessa", mas eu mudei depois que a Ieda Schimidt enviou um comentário... E me inspirou ao respondê-la.
8 comentários:
Conheci esta charmosa Livraria da Travessa e fiquei encantada com o centro do Rio, quando fui aí pelas tuas terras em 2005.
Faz tempo. Uma hora dessas, quem sabe, apareço.
Pode deixar que eu lhe aviso.
Não é pra ficar preocupado?
Esta postagem deveria ser: "Procupatas de domingo", mas não foi... Nem sei porque. Yalvez ainda mude...
A "Preocupatas" pegou bem e, como sugestão de leitor assíduo, digo-lhe que, de vez em quando, e de quando em vez, coloque uma "Preocupatas". "Preocupatas" a respeito da demolição do estado brasileiro caso a dinossaura Dilma Rousseff seja eleita. "Preocupatas! a respeito de que seja aprovada a lei de Paulo Maluf que institui a mordaça. "Preocupatas" em alusão à vida que passa, célere, à caminho da eternidade. "Preocupatas", enfim, sobre tudo que preocupa o seu caráter de humanista e de blogueiro e de pessoa antenada com os fatos da vida.
"Preocupatas" são como perguntas, essas mais importantes do que as respostas, poque nos levam à reflexão.
Algo (reflexão) sem o qual devemos ficar realmente preocupados.
A Livraria da Travessa para mim ocupou o espaço da antiga Livraria Civilizção Brasileira, quwe foi outra que teve o seu tempo.
Que foi uma senhora livraria... E editora.
Aliás, em 1966 fui autor de uma capa para um livro de Antonio Gramsci chamado "Concepção dialética da distória"
Mas a livraria Travessa que eu saiba não é editora, certo?
Que eu saiba, tambem não...
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