quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma notícia preocupante


"Venda de carros bate recorde e deve passar de 320 mil unidades no mês".

Esta manchete do Estadão Online na semana passada é motivo deveras preocupante quanto ao futuro do país no tocante ao modelo de desenvolvimento adotado (ou imposto) por estas “bandas brasilis” e ao desequilíbrio ecológico.
É notório que a sociedade capitalista consolidou-se através do uso do automóvel, principalmente após Henry Ford desenvolver e viabilizar a produção em massa desses veículos.
Isto porque acentuou o individualismo e a competição entre a população em busca de status pessoal.
Estamos presenciando o surgimento de uma “nova classe média” (a antiga “classe” C), decorrente do crescimento do capitalismo no Brasil.
Antes tínhamos a classe média oriunda de parte da “velha aristocracia” (pequenos burgueses urbanos), compostos basicamente para preencher o aparelho de Estado que servia às classes dominantes.
O crescimento assustador na venda desses “monstrinhos” individualizantes faz parte de um grande projeto do governo do sr. da Silva (1) – ele mesmo integrante destes “novos ricos” que em sua maioria provêem de setores mais privilegiados do proletariado – a chamada “aristocracia operária”, e é formada por aquele tipo de sujeito que coloca no seu vidro traseiro um adesivo com a frase: “eu não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho”.
Este boom na fabricação acelerada de veículos, alem do mais é uma das causas de poluição atmosférica mais conhecidas.

(1) O estímulo ao consumo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e aumentou de forma exagerada o prazo das prestações na compra de veículos motorizados, chegando em alguns casos a mais de oito anos.

5 comentários:

Ieda Schimidt disse...

Falou e disse tudo.
Na realidade, Lula -que tu chama de sr. da Silva- é um governante que fechou com a elite em planos econômico-finaceiros e dá "migalhas" para o povão atravéd do Bolsa Família, etc, apenas para garantir a continuidade da "UDN de macacão" no poder.
Sua popularidade está ancorada no lumpesinato (que no Brasil é grande).
E a reforça com esta "nova classe média"

Jonga Olivieri disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jonga Olivieri disse...

Desculpe mas a resposta tinha tanto erro de digitação que resolvi revisa-la e postar de novo.

Fraulein Schimidt. Adorei tambem o seu comentário, principalmente quando fala da "UDN de Macacão" porque traidores é o que são os petistas, pelo menos os que vieram da classe operária.
Aliás o PT teve todo o apoio da CIA para formar uma pseudo esquerda não alinhada ao Materialismo Histórico.
E por isso mesmo, o sr. da Silva foi fazer seus cursinhos nos EUA.

André Setaro disse...

Excelente como veículo de locomoção em tempos idos, em eras priscas, o automóvel, hoje, é um estorvo para aqueles que vivem nas grandes cidades sujeitas a engarrafamentos colossais. Há quem diga que preferiria um táxi com motorista a seu dispor do que ter um carro. Mas a sociedade de consumo, o capitalismo selvagem dos dias que correm, determina e impõe que o indivíduo tem que ter um carro. Caso contrário, vira cidadão de segunda classe.

Li, por coincidência, uma reportagem, hoje, que mostra que no ano de 2010, quando ainda estamos no quarto mês, já foram emplacados 657.989 automóveis em Salvador. O número assusta e a cidade é de natureza íngreme.

As mulheres adoram namorar rapazes com carro. O carro fica quase como um instrumento fálico. Os porteiros dos prédios da classe média ficam boquiabertos quando um morador entra com um carro de luxo. O carro acabou virando o 'avatar' da contemporaneidade.

E os gazes mortais? Mas o que importa é escolher um inimigo para atacar. E o inimigo 'in' do momento é o cigarro. Há uma verdadeira lavagem cerebral contra o pobre e canceroso cigarrinho dos desafortunados.

Jonga Olivieri disse...

O carro particular é uma prova da bestialidade humana.
Repare num engarrafamento aquele indivíduo solitário ocupando todo um espaço, enquanto centenas se acotovelam em péssimos veículos coletivos!!!
E a questão do status é melhor ainda para o sistema. É a forma de fazer com que as pessoas passem a oompetir entre si, esmagando o seu semelhante...
O capitalismop vive disso. O dia em que todos se unirem, ele (o sistema) desaba.