Este blogue é uma miscelânea de pensamentos sobre os mais variados assuntos.
Tem recuerdos, críticas variadas, abordagens da situação política e social no Brasil e no mundo, pensamentos diversos, contos, lixo cultural.
Tudo sem sequência e sem compromisso de continuidade.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Por hoje é só
Cartum de Ique publicado no Jornal do Brasil... Simplesmente genial!
Sim, genial mesmo. Fez-me lembrar as antigas propagandas, as embalagens de sabonetes Eucalol, que algumas pessoas guardavam numa caixinha fazendo coleção, de umas figurinhas que saíam nos chicletes (de Luiz Sá?), da de Biotônico Fontoura etc.
A propaganda se sofisticou muito nestes tempos. A maioria é em função do carro e do celular, os principais objetos do desejo consumista da sociedade hodierna. Havia, antigamente, uma certa ingenuidade nos anúncios publicitários. Por exemplo, nos canais de assinatura, as propagandas são geralmente de automóveis e dos malditos celulares. Ou, então, nos canais abertos, elas se localizam, 'ao vivo', 'dentro' dos programas.
Acredito que o apelo consumista atual ajuda muito a violência que se espraia como metástase no tecido social. O pobre coitado que nada tem se baba por um carro de luxo e, principalmente, porque tê-lo, como diz a propaganda, é poder também possuir uma mulher refinada, apetitosa, circular por países europeus etc.
Em terceiro lugar, mas 'last but not least', os bancos. Bradesco, principalmente, HSBC, para quem pode fazer aplicações. O pobre diabo, e é a maioria do povo brasileiro, não pode nem sequer abrir contas nestes bancos.
Sinto saudades da propaganda do aguardente Jacaré, principalmente quando, em pleno apogeu da mini-saia, num lance genial, lançou a garrafa pequena, que foi logo apelidada de 'Jacaré de mini-saia'. Outros tempos!
Este cartum do ‘Ique’ é a reprodução de um 'afiche' de farmácia, mas havia tambem o 'reclame' de revistas e jornais. E era mesmo da Emulsão de Scott (óleo de fígado de bacalhau). Mas tinha o de Nívea (com a calcinha da menina sendo puxada por um cachorro) que fazem poucos anos, foi reimpresso pelo fabricante e recolocado nas boas casas do ramo. Mas, não sei se você se recorda que as propagandas sofisticadas começaram com os cigarros. Isso, com o proibido produto dito tóxico que foi putamente estimulado pela BAT (British American Tobacco) e sua representante no Brasil, a Souza Cruz, a Phillip Morris e a Reynolds Tabacos, aqui por terras tupiniquins... Tinha a do Charm, a do Shelton. Lembro que atendi Shelton na L&M, uma agência aqui do Rio que tinha uma conta paulista. Coisas de outros tempos! Ali criávamos tambem campanhas para o Hawai, marca mais popular mas que usava o ‘soundtrack’ da série “Hawaii 5.0”. Quando você diz que: “... Acredito que o apelo consumista atual ajuda muito a violência que se espraia como metástase no tecido social...” está absolutamente certo! O apelo ao consumo da forma que é feito gera a ambição desenfreada e resulta na violência desmedida por que passamos.
4 comentários:
Sim, genial mesmo. Fez-me lembrar as antigas propagandas, as embalagens de sabonetes Eucalol, que algumas pessoas guardavam numa caixinha fazendo coleção, de umas figurinhas que saíam nos chicletes (de Luiz Sá?), da de Biotônico Fontoura etc.
A propaganda se sofisticou muito nestes tempos. A maioria é em função do carro e do celular, os principais objetos do desejo consumista da sociedade hodierna. Havia, antigamente, uma certa ingenuidade nos anúncios publicitários. Por exemplo, nos canais de assinatura, as propagandas são geralmente de automóveis e dos malditos celulares. Ou, então, nos canais abertos, elas se localizam, 'ao vivo', 'dentro' dos programas.
Acredito que o apelo consumista atual ajuda muito a violência que se espraia como metástase no tecido social. O pobre coitado que nada tem se baba por um carro de luxo e, principalmente, porque tê-lo, como diz a propaganda, é poder também possuir uma mulher refinada, apetitosa, circular por países europeus etc.
Em terceiro lugar, mas 'last but not least', os bancos. Bradesco, principalmente, HSBC, para quem pode fazer aplicações. O pobre diabo, e é a maioria do povo brasileiro, não pode nem sequer abrir contas nestes bancos.
Sinto saudades da propaganda do aguardente Jacaré, principalmente quando, em pleno apogeu da mini-saia, num lance genial, lançou a garrafa pequena, que foi logo apelidada de 'Jacaré de mini-saia'. Outros tempos!
Este cartum do ‘Ique’ é a reprodução de um 'afiche' de farmácia, mas havia tambem o 'reclame' de revistas e jornais. E era mesmo da Emulsão de Scott (óleo de fígado de bacalhau).
Mas tinha o de Nívea (com a calcinha da menina sendo puxada por um cachorro) que fazem poucos anos, foi reimpresso pelo fabricante e recolocado nas boas casas do ramo.
Mas, não sei se você se recorda que as propagandas sofisticadas começaram com os cigarros. Isso, com o proibido produto dito tóxico que foi putamente estimulado pela BAT (British American Tobacco) e sua representante no Brasil, a Souza Cruz, a Phillip Morris e a Reynolds Tabacos, aqui por terras tupiniquins... Tinha a do Charm, a do Shelton. Lembro que atendi Shelton na L&M, uma agência aqui do Rio que tinha uma conta paulista. Coisas de outros tempos!
Ali criávamos tambem campanhas para o Hawai, marca mais popular mas que usava o ‘soundtrack’ da série “Hawaii 5.0”.
Quando você diz que: “... Acredito que o apelo consumista atual ajuda muito a violência que se espraia como metástase no tecido social...” está absolutamente certo! O apelo ao consumo da forma que é feito gera a ambição desenfreada e resulta na violência desmedida por que passamos.
Ah este Ique. Não é atoa que sou leitor do JB.
Tomáz
É isso aí, Tomáz...
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