Ontem falei em Marcuse. Não postei nada de específico sobre ele, mas surgiu o assunto em um comentário na última postagem. E eu fiquei motivado a falar um pouco dele e de sua principal obra. Aquela que realmente o diferenciou e o projetou como um grande filósofo do século XX. Por isso republico esta postagem, publicada pela primeira vez no antigo “Pensatas” em 20 de março de 2007.
“A Ideologia da Sociedade Industrial”, deixou a sua marca na análise da sociedade de consumo e do comportamento do indivíduo inserido nela. E, apesar dos anos que correram, continua de uma validade muito grande. Em nossos dias, neste tecnológico mundo pós-moderno, quase tudo o que Marcuse expôs, passados quase 50 anos, está aí à mostra.
Marcuse nasceu em 1898 na cidade de Berlim. Como intelectual de esquerda, agregou-se, em 1933 ao Instituto de Pesquisa Social, fundado em 1923, em Frankfurt, este instituto (mais conhecido como Escola de Frankfurt), foi considerado o primeiro de orientação marxista na Europa, composto por marxistas não-ortodoxos como Max Horkheimer, Walter Benjamin, Theodor Adorno.
Termos como “sociedade unidimensional”, “mecânica do conformismo” ou “aparato tecnológico”, foram alguns dos utilizados por Marcuse para definir o que hoje chamamos de “pensamento único”.
Segundo ele a sociedade industrial moderna impõe uma racionalidade tecnológica, de opressão em massa e de controle da consciência. O homem que se encontra inserido nesta sociedade não é livre. Há uma satisfação de necessidades falsas, através do consumo que ocasiona o que ele denomina de "mecânica do conformismo".
O livro “A Ideologia da Sociedade Industrial” acaba por ser um questionamento ao sistema capitalista atual, totalmente globalizado, feito nos seus primórdios. Uma crítica válida à tecnologia moderna, que define um estilo de vida através de um falso modelo de liberdade. A “sociedade industrial avançada”, definida por ele e refletida nesta obra, é uma sociedade extremamente artificial. O termo “sociedade unidimensional” demonstra com exatidão o controle que esta engrenagem exerce sobre o homem.
Esta sociedade, também torna-se totalitária, pois tem como objetivo o aumento da produtividade para satisfazer as necessidades do consumo. É importante ressaltar que a expressão “sociedade totalitária” não é utilizado por Herbert Marcuse somente para definir uma forma de governo baseada no “terror” físico, como estamos habituados a classificar, mas se estendendo a um sistema de produção em massa, que escraviza o homem tolhindo a sua liberdade individual, e transformando-o em prisioneiro do consumo. O que tem tudo a ver com o consumismo desmedido de nossos dias.
“A Ideologia da Sociedade Industrial”, deixou a sua marca na análise da sociedade de consumo e do comportamento do indivíduo inserido nela. E, apesar dos anos que correram, continua de uma validade muito grande. Em nossos dias, neste tecnológico mundo pós-moderno, quase tudo o que Marcuse expôs, passados quase 50 anos, está aí à mostra.
Marcuse nasceu em 1898 na cidade de Berlim. Como intelectual de esquerda, agregou-se, em 1933 ao Instituto de Pesquisa Social, fundado em 1923, em Frankfurt, este instituto (mais conhecido como Escola de Frankfurt), foi considerado o primeiro de orientação marxista na Europa, composto por marxistas não-ortodoxos como Max Horkheimer, Walter Benjamin, Theodor Adorno.
Termos como “sociedade unidimensional”, “mecânica do conformismo” ou “aparato tecnológico”, foram alguns dos utilizados por Marcuse para definir o que hoje chamamos de “pensamento único”.
Segundo ele a sociedade industrial moderna impõe uma racionalidade tecnológica, de opressão em massa e de controle da consciência. O homem que se encontra inserido nesta sociedade não é livre. Há uma satisfação de necessidades falsas, através do consumo que ocasiona o que ele denomina de "mecânica do conformismo".
O livro “A Ideologia da Sociedade Industrial” acaba por ser um questionamento ao sistema capitalista atual, totalmente globalizado, feito nos seus primórdios. Uma crítica válida à tecnologia moderna, que define um estilo de vida através de um falso modelo de liberdade. A “sociedade industrial avançada”, definida por ele e refletida nesta obra, é uma sociedade extremamente artificial. O termo “sociedade unidimensional” demonstra com exatidão o controle que esta engrenagem exerce sobre o homem.
Esta sociedade, também torna-se totalitária, pois tem como objetivo o aumento da produtividade para satisfazer as necessidades do consumo. É importante ressaltar que a expressão “sociedade totalitária” não é utilizado por Herbert Marcuse somente para definir uma forma de governo baseada no “terror” físico, como estamos habituados a classificar, mas se estendendo a um sistema de produção em massa, que escraviza o homem tolhindo a sua liberdade individual, e transformando-o em prisioneiro do consumo. O que tem tudo a ver com o consumismo desmedido de nossos dias.
10 comentários:
Adorei esta tua postagem, pois Marcuse além de ter sido uma das maiores expressões do pensamento marxista independente, foi também um profeta ao prever desdobramentos, como bem colocado aqui, ainda no embrião da globalização como a conhecemos hoje.
Brilhante!
Ontem, a Maria comentou sobre o McLuhan e aquela famosa frase dele.
Aí eu lembrei que tudo isso tinha a ver com Marcuse, pois sou admirador desque que li o livro citado na postagem ainda nos anos 60.
Marcuse realmente se antecipou no tempo. O pensamento Materialista Histórico possibilita bons diagnósticos e previsões (esta palavra, longe de esoteriemos ou crendices banais), mas alicerçados no raciocínio dialético e científico.
Pena que conheça tão pouco de Marcuse. Sei que você sempre o cita neste blog, mas nunca li nada dele, embora tenha lido alguma coisa sobre ele.
Já Marshal Mc Luhan, foi muito badalado em publicidade. A frase 'O Meio é a Mensagem' foi muito repetida em conferências e por inúmeros colegas nossos em papos de botequim naquele tempo. Chegou a virar moda. E tinha uma imagem de um macaco, não tinha?
Uma grande visão de fato.
Otávio
Procure ler pelo menos este livro dele. Vale a pena, amigoooo!
É, as previsões de Marcuse foram muito precisas em relação ao poder da mídia (que na época não tinha tanta força) e do consumismo.
Li 2 livros de Marcuse. A saber, Eros e Civilização e Psicoanásisis y Politica (este em espanhol).
Ele é profundo em suas análises. Vou procurar Ideologia da Sociedade Industrial. Será que ainda tem, ou tenho que recorrer aos cebos?
Você leu mais do que eu, que somente li "A ideologia da...".
Aliás, este livro você só vai encontrar em sebos mesmo. Mas eu juro que já vi em mais de um na Cidade, aqui no Rio.
Também não sei se você está no Rio. Mas se for São paulo também.
Daí em diante... vai depender de sorte.
Fico feliz que você tenha feito esta excelente postagem porque ontem falei de McLuhan.
Adorei.
E foi por isso mesmo, Mary.
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