Uma delegação do Parlamento Europeu composta por políticos da França, Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra e Alemanha visitou a Faixa de Gaza durante os constantes bombardeios israelenses, com a finalidade de verificar o quanto estava sendo mortífera a operação contra o território palestino. Na ocasião, oito parlamentares europeus entraram pelo cruzamento de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza.
Os euro-parlamentares permaneceram na Faixa de Gaza por cerca de 24 horas, quando regressaram. E ficaram sediados na sede da Agência das Nações Unidas para os Refugiados na cidade de Gaza.
O euro-deputado português Miguel Portas (1) defendeu na ocasião a retirada imediata das tropas israelenses da Faixa de Gaza, manifestando-se “surpreso” pelo modo como o povo palestino enfrentava a tragédia. “O cessar-fogo, a retirada das tropas de Israel tem de ser imediata”, defendeu Miguel Portas. “Entramos durante um período de tréguas, mas a verdade é que Israel não respeitou esta trégua que garantiu, pois enquanto lá estivemos ouvimos quatro bombas”, relatou.
Na pequena visita que tiveram oportunidade de fazer, o panorama que observaram foi de total destruição, contou ainda Miguel Portas. Durante a visita, os euro-deputados visitaram ainda um centro de acolhimento de refugiados, localizado numa antiga escola preparatória, que abrigava 1215 crianças e mulheres. “São pessoas que perderam a casa e, algumas, que perderam a casa e a família e agora estão a dormir pelos cantos das salas de aula, numa evidente situação de sobrelotação”.
Contudo, e apesar da situação que esses refugiados enfrentam, a comitiva foi recebida de forma extraordinária, segundo Miguel Portas. Quanto ao ambiente nas ruas, o euro-deputado português confessou ter ficado surpreendido pela forma como o povo sai durante o período que devia ser de tréguas. “Porém são poucas as lojas e estabelecimentos comerciais abertos, apenas uma ou duas, um ou outro café e uma loja que vende legumes”, afirmou.
A comitiva não chegou a visitar nenhum hospital por falta de tempo, mas quando estava na zona da fronteira com o Egito teve oportunidade de ver chegar cinco ambulâncias, com cinco feridos graves. “E, ainda por cima, como se trata de um conflito numa zona com uma densidade populacional muito elevada, as vítimas são sempre civis.”
Questionado sobre a importância desta visita da comitiva de oito euro-deputados à Faixa de Gaza, Miguel Portas disse ter sido relevante o fato de terem conseguido dar notícias. “Termos dado notícias de fora para dentro foi importante. Vale a pena correr algum risco, mas dar algo a um povo que tem sido submetido a uma imensa tragédia nos últimos 60 anos”, acrescentou.
(1) Não confundir o direitista Paulo Portas com Miguel Portas. Este é um euro-deputado português e membro do “Partido da Esquerda Européia”.
Fontes: jornais Folha de São Paulo e Público (Portugal).
Os euro-parlamentares permaneceram na Faixa de Gaza por cerca de 24 horas, quando regressaram. E ficaram sediados na sede da Agência das Nações Unidas para os Refugiados na cidade de Gaza.
O euro-deputado português Miguel Portas (1) defendeu na ocasião a retirada imediata das tropas israelenses da Faixa de Gaza, manifestando-se “surpreso” pelo modo como o povo palestino enfrentava a tragédia. “O cessar-fogo, a retirada das tropas de Israel tem de ser imediata”, defendeu Miguel Portas. “Entramos durante um período de tréguas, mas a verdade é que Israel não respeitou esta trégua que garantiu, pois enquanto lá estivemos ouvimos quatro bombas”, relatou.
Na pequena visita que tiveram oportunidade de fazer, o panorama que observaram foi de total destruição, contou ainda Miguel Portas. Durante a visita, os euro-deputados visitaram ainda um centro de acolhimento de refugiados, localizado numa antiga escola preparatória, que abrigava 1215 crianças e mulheres. “São pessoas que perderam a casa e, algumas, que perderam a casa e a família e agora estão a dormir pelos cantos das salas de aula, numa evidente situação de sobrelotação”.
Contudo, e apesar da situação que esses refugiados enfrentam, a comitiva foi recebida de forma extraordinária, segundo Miguel Portas. Quanto ao ambiente nas ruas, o euro-deputado português confessou ter ficado surpreendido pela forma como o povo sai durante o período que devia ser de tréguas. “Porém são poucas as lojas e estabelecimentos comerciais abertos, apenas uma ou duas, um ou outro café e uma loja que vende legumes”, afirmou.
A comitiva não chegou a visitar nenhum hospital por falta de tempo, mas quando estava na zona da fronteira com o Egito teve oportunidade de ver chegar cinco ambulâncias, com cinco feridos graves. “E, ainda por cima, como se trata de um conflito numa zona com uma densidade populacional muito elevada, as vítimas são sempre civis.”
Questionado sobre a importância desta visita da comitiva de oito euro-deputados à Faixa de Gaza, Miguel Portas disse ter sido relevante o fato de terem conseguido dar notícias. “Termos dado notícias de fora para dentro foi importante. Vale a pena correr algum risco, mas dar algo a um povo que tem sido submetido a uma imensa tragédia nos últimos 60 anos”, acrescentou.
(1) Não confundir o direitista Paulo Portas com Miguel Portas. Este é um euro-deputado português e membro do “Partido da Esquerda Européia”.
Fontes: jornais Folha de São Paulo e Público (Portugal).
8 comentários:
Li esta matéria na ocasião em que foi publicada pela Folha.
Mas tu acrescentastes algumas informações que creio foram do Publico, um bom jornal português.
Tudo relativo ao relato de Miguel Portas foi baseado em matéria do jornal Público, que considero um excelente diário.
Quando morei em Portugal ele era um dos mais recentes, mas considerava o melhor.
Semanário tinha o Expresso que sai aos sábados e também acho bastante informativo.
Assiti algumas cenas que me deixaram muito chocado com tudo que aconteceu durante os atques na palestina. Agora é torcer para que a paz possa durar algum tempo. Talvez quem sabe com Obama presidente ele consiga algum progresso neste sentido.
Essa comitiva foi muito apropriada para que observadores europeus pudessem ver de perto o que acontecia ali, já que a imprensa foi proibida de acessar o local.
E apesar de serem parlamentares de UE tiveram que entrar clandestinos na Faixa de Gaza.
Cenas violentas de Gaza era o que não faltava na internet. Juro que assisti muito poucas, porque as acho realmente chocantes.
Quanto a Obama... será que ele conseguirá suplantar o 'lobby' israeleita pró-isrelense no Congresso estadunidense?
Afinal eles dominam grande parte da economia daqule país, e não creio que vá ser fácil.
A comitiva de euro-parlamentares foi testemunha ocular da história.
Dos poucos que conseguiram quebrar o cerco e puderam observar 'in loco' os bombardeios, etc e etc.
É tudo tão horrível.
Mas pelo menos, como você bem o disse, esses deputados europeus viram e puderam ser testemunhas do "inferno" que deve ter acontecido naquele lugar.
Vamos a guardar Barack Obama. Eu ainda tenho fé que ele poderá fazer alguma coisa. Nossa Senhora, por pouco que seja será pelo menos alguma coisa.
O fato de serem deputados europeus e terem estado lá, soma como indivíduos que puderam presenciar o que ocorria.
No futuro isto pode pesar.
Postar um comentário