As fotos acima mostram o ocorrido em Teresópolis (2011) e Ilha Grande (2010)
Ou poderíamos dizer simplesmente: “a zorra da urbanização no Brasil”. O certo é que tudo o que tem acontecido em nossos verões não tem nada a ver com a poesia jobiniana das “águas de março”.
Primeiro em São Paulo a maior cidade do país, e a grande vítima do crescimento urbano do país. Uma cidade média do terceiro mundo que despertou para a industrialização acelerada e o crescimento desordenado nos últimos 50 anos, tanto de sua população quanto da frota de veículos, uma ignorância do capitalismo pós fordiano (1).
Mas é importante tambem se notar que essa catástrofe de verão se verifica tambem em muitas cidades do interior do próprio Estado de São Paulo, do litoral (2) e da serra fluminenses, onde, todos os anos acontecem uma sequência de desastres naturais provocados pelas chuvas. Culpa de um crescimento desordenado das cidades. E, tambem da falta total de qualquer tipo de planejamento... Um planejamento mínimo de onde se pode ou não construir.
Onde estão os governadores, os prefeitos e os urbanistas deste país? Teem que ser feitas mudanças urgentes na regulamentação de normas para que se construa onde possa ser construido. Não devemos deixar que o caos atual permaneça. E pior: se agrave.
Aí, há de se pensar que afinal de contas a favelização cresceu. Mas cresceu por que? Antes de mais nada pelo total descaso das autoridades quanto à questão. Paralelo a isto, o sistema capitalista provocou uma migração em massa da população do campo para os grandes centros, numa tentativa de criar um mercado consumidor, mas, claro não se preocupou em oferecer o mínimo de condições para que esta explosão pudesse realizar-se de forma minimamente humana.
Estamos assistindo uma grande quantidade de notícias sobre as centenas de mortes nesses verdadeiros “dilúvios”, e não vemos solução imediata para a questão. É a falta de uma estrutura mínima para o problema. Culpa dos medíocres dirigentes políticos que temos. Li ainda ontem uma notícia em que Sergio Cabral o (des)governador do Rio, afirma que a “ocupação irregular” e as chuvas são os culpados dos acontecimentos... E ele? É inocente nessa história? O quê que ele fez para prevenir acontecimentos como estes nos seus quatro anos de governo? E garanto que nada fará nos próximos quatro.
Mas é hora de se investir em saneamento e planejamento urbano. E quem não estiver nesta linha, vai perder o trem da história.
(1) Refiro-me aqui à “revolução” de Henry Ford, que provocou produção desenfreada de veículos em série.
(2) No ano passado as catástrofes mais graves no Estado do Rio de Janeiro, foram no litoral, na região de Angra dos Reis.
Ou poderíamos dizer simplesmente: “a zorra da urbanização no Brasil”. O certo é que tudo o que tem acontecido em nossos verões não tem nada a ver com a poesia jobiniana das “águas de março”.
Primeiro em São Paulo a maior cidade do país, e a grande vítima do crescimento urbano do país. Uma cidade média do terceiro mundo que despertou para a industrialização acelerada e o crescimento desordenado nos últimos 50 anos, tanto de sua população quanto da frota de veículos, uma ignorância do capitalismo pós fordiano (1).
Mas é importante tambem se notar que essa catástrofe de verão se verifica tambem em muitas cidades do interior do próprio Estado de São Paulo, do litoral (2) e da serra fluminenses, onde, todos os anos acontecem uma sequência de desastres naturais provocados pelas chuvas. Culpa de um crescimento desordenado das cidades. E, tambem da falta total de qualquer tipo de planejamento... Um planejamento mínimo de onde se pode ou não construir.
Onde estão os governadores, os prefeitos e os urbanistas deste país? Teem que ser feitas mudanças urgentes na regulamentação de normas para que se construa onde possa ser construido. Não devemos deixar que o caos atual permaneça. E pior: se agrave.
Aí, há de se pensar que afinal de contas a favelização cresceu. Mas cresceu por que? Antes de mais nada pelo total descaso das autoridades quanto à questão. Paralelo a isto, o sistema capitalista provocou uma migração em massa da população do campo para os grandes centros, numa tentativa de criar um mercado consumidor, mas, claro não se preocupou em oferecer o mínimo de condições para que esta explosão pudesse realizar-se de forma minimamente humana.
Estamos assistindo uma grande quantidade de notícias sobre as centenas de mortes nesses verdadeiros “dilúvios”, e não vemos solução imediata para a questão. É a falta de uma estrutura mínima para o problema. Culpa dos medíocres dirigentes políticos que temos. Li ainda ontem uma notícia em que Sergio Cabral o (des)governador do Rio, afirma que a “ocupação irregular” e as chuvas são os culpados dos acontecimentos... E ele? É inocente nessa história? O quê que ele fez para prevenir acontecimentos como estes nos seus quatro anos de governo? E garanto que nada fará nos próximos quatro.
Mas é hora de se investir em saneamento e planejamento urbano. E quem não estiver nesta linha, vai perder o trem da história.
(1) Refiro-me aqui à “revolução” de Henry Ford, que provocou produção desenfreada de veículos em série.
(2) No ano passado as catástrofes mais graves no Estado do Rio de Janeiro, foram no litoral, na região de Angra dos Reis.
2 comentários:
Estudei em geografia uma coisa chamada erosão pluvial, que é o "desabamento" de morros (não só isso claro) por causa da chuva, acontece que a chuva forte que cai em morros arrasta sedimentos de terra, que em morros com matas fortes a própria vegetação segura esses sedimentos.
No Brasil e no mundo, acontece que o ser humano vem ocupando morros sem o menor aviso, desmatando, ou mesmo deixando a mata , mas construindo "moradia", a mata enfraquece, proporcionando um belo desabamento quando chuvas mais fortes caem.
O interessante e que só agora os urbanistas foram escutados sobre isso, uma coisa que sempre acontece, só se da atenção a um aviso quando já é tarde de mais, assim como o aquecimento global.
Tem toda razão, Simey. E como digo, as autoridades já poderiam estar tomando providências. É um descaso com as populações por parte de políticos sem ética...
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