Hoje vou falar de um Huck (1) que não fica verde, mas de vez em quando “pau da vida”, quando contrariado... E também de um Sarney (2). Nunca duvidei de certas artimanhas da “figura”. Todavia, será que alguém ainda acredita no “coroné” fora dos limites de seu feudo no atrasado Maranhão?
O incrível Huck
Uma das mais ridículas emissoras de TV colocou no ar reprise da “Escolinha do Barulho” em que Luciano Huck era o professor. O também ridículo apresentador televisivo reclamou alegando que a emissora levou ao ar um programa de mais de 10 anos atrás, na realidade um plágio fajuto da “Escolinha do Professor Raimundo” com Chico Anysio. Coisa que acontece até hoje...
No protesto disse que poderiam ter tido a elegância de pedir a sua autorização. E continuou: “Pensem muito antes de trabalhar com gente que pode se aproveitar de você no futuro. Achei um desrespeito”. A emissora respondeu que foi uma “homenagem” a Luciano Huck e que a Câmera 5, produtora do programa, tem os direitos de exibição de imagem.
Esta é para rir. Melhor dizendo: pra chorar de rir. Como se o incrivelmente medíocre programa que este tal de Huck tem hoje na TV, não fosse a cópia de programetes similares – tão ruins ou piores – que existem por aí nas emissoras abertas, e que surgiram neste país desde que a televisão foi implantada comercialmente em 1950. Palhaçadas destinadas a emburrecer, em processo das elites para alienar a população.
Os escândalos secretos do Senado
O “filhote da ditadura” José Sarney, subiu à tribuna do Congresso para falar dos escândalos que atingem a instituição desde que ele assumiu o cargo de Presidente do Senado. Cobrado, Sarney disse que a crise não era dele e sim da Casa.
Este último escândalo envolve mais de 500 atos secretos (3) publicados ao longo de 14 anos no Senado, e que foram usados para nomear, exonerar e aumentar salários de pessoas ligadas à direção da Casa. De cara, ele afastou dos quadros do Senado sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges, lotada no gabinete do senador Delcídio Amaral.
Sarney também teve um neto nomeado no gabinete do senador Epitácio Cafeteira por ato secreto. E uma sobrinha, Maria do Carmo de Castro Macieira, nomeada pelo mesmo tipo de ato, esta para o gabinete de sua filha Roseana Sarney, então no Congresso.
Em seu discurso alegou que não sabia (4) que Cafeteira tinha empregado seu neto, alegando que pediu ao senador Delcídio que uma sobrinha da sua mulher, fosse designada para o gabinete dele. “Eu não pedi e não sabia”, alegou (5). O fato é que quinta-feira surgiu mais um nome – na lista de parentes do “clã Sarney” – empregados no Senado, subindo para um total de oito. Até ontem.
Além disso, saiu ontem no blogue do Josias (Folha de São Paulo) a notícia de que o contracheque do mordomo da casa que Roseana Sarney mantém em Brasília é pago pelo Senado. O empregado cuja sugestiva alcunha é “Secreta”, percebe um singelo salário mensal de R$ 12.000,00 (doze mil reais).
Pressionado por políticos da situação, da oposição, pela imprensa e a opinião pública após mais este gigantesco escândalo, “Sir Ney” (6) não teve outra saída senão instalar uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de que esses atos eram publicados por ordem de diretores e/ou ex-diretores. A secretaria de Imprensa do Senado divulgou que irá apurar estas denúncias num prazo de sete dias.
E para fechar com chave de ouro, segue um texto publicado no blogue da Tribuna da Imprensa, (leia-se Hélio Fernandes): “... Sarney assume a presidência do Senado pela terceira vez, está lá desde 1970, sabe de tudo, (da ‘casa’ e dos senadores) vai para a tribuna, engana a todos, faz uma porção de frases de efeito, sai como o herói sem nenhum caráter. 4 frases. 1- ‘A crise não é minha, é do Senado’. 2- ‘Não é só do Brasil, é da democracia e do mundo’. 3- ‘Querem destruir o Legislativo, qual a razão?’ 4- ‘Ninguém no Brasil pode JULGAR UM HOMEM COMO EU’.”(sic). Ao que acrescento: Só rindo pra não chorar!
(1) Não confundir com o Incrível Hulk, um personagem das HQ que virou seriado de TV e alguns filmecos computadorizados por aí.
(2) O dia em que Sarney entrou para a Academia Brasileira de Letras e vestiu o “fardão” eu passei a descreditar completamente (repito, completamente) daquela entidade.
(3) A terminologia já é escandalosa por si só.
(4) Republiqueta curiosa a nossa. Afinal, ninguém nunca sabe de nada...
(5) Idem, ibidem.
(6) Relembrando os tempos em que Millôr criou este apelido para definir o caráter elitista do último presidente do Brasil, (embora “civil”) herdeiro da era militar.
O incrível Huck
Uma das mais ridículas emissoras de TV colocou no ar reprise da “Escolinha do Barulho” em que Luciano Huck era o professor. O também ridículo apresentador televisivo reclamou alegando que a emissora levou ao ar um programa de mais de 10 anos atrás, na realidade um plágio fajuto da “Escolinha do Professor Raimundo” com Chico Anysio. Coisa que acontece até hoje...
No protesto disse que poderiam ter tido a elegância de pedir a sua autorização. E continuou: “Pensem muito antes de trabalhar com gente que pode se aproveitar de você no futuro. Achei um desrespeito”. A emissora respondeu que foi uma “homenagem” a Luciano Huck e que a Câmera 5, produtora do programa, tem os direitos de exibição de imagem.
Esta é para rir. Melhor dizendo: pra chorar de rir. Como se o incrivelmente medíocre programa que este tal de Huck tem hoje na TV, não fosse a cópia de programetes similares – tão ruins ou piores – que existem por aí nas emissoras abertas, e que surgiram neste país desde que a televisão foi implantada comercialmente em 1950. Palhaçadas destinadas a emburrecer, em processo das elites para alienar a população.
Os escândalos secretos do Senado
O “filhote da ditadura” José Sarney, subiu à tribuna do Congresso para falar dos escândalos que atingem a instituição desde que ele assumiu o cargo de Presidente do Senado. Cobrado, Sarney disse que a crise não era dele e sim da Casa.
Este último escândalo envolve mais de 500 atos secretos (3) publicados ao longo de 14 anos no Senado, e que foram usados para nomear, exonerar e aumentar salários de pessoas ligadas à direção da Casa. De cara, ele afastou dos quadros do Senado sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges, lotada no gabinete do senador Delcídio Amaral.
Sarney também teve um neto nomeado no gabinete do senador Epitácio Cafeteira por ato secreto. E uma sobrinha, Maria do Carmo de Castro Macieira, nomeada pelo mesmo tipo de ato, esta para o gabinete de sua filha Roseana Sarney, então no Congresso.
Em seu discurso alegou que não sabia (4) que Cafeteira tinha empregado seu neto, alegando que pediu ao senador Delcídio que uma sobrinha da sua mulher, fosse designada para o gabinete dele. “Eu não pedi e não sabia”, alegou (5). O fato é que quinta-feira surgiu mais um nome – na lista de parentes do “clã Sarney” – empregados no Senado, subindo para um total de oito. Até ontem.
Além disso, saiu ontem no blogue do Josias (Folha de São Paulo) a notícia de que o contracheque do mordomo da casa que Roseana Sarney mantém em Brasília é pago pelo Senado. O empregado cuja sugestiva alcunha é “Secreta”, percebe um singelo salário mensal de R$ 12.000,00 (doze mil reais).
Pressionado por políticos da situação, da oposição, pela imprensa e a opinião pública após mais este gigantesco escândalo, “Sir Ney” (6) não teve outra saída senão instalar uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de que esses atos eram publicados por ordem de diretores e/ou ex-diretores. A secretaria de Imprensa do Senado divulgou que irá apurar estas denúncias num prazo de sete dias.
E para fechar com chave de ouro, segue um texto publicado no blogue da Tribuna da Imprensa, (leia-se Hélio Fernandes): “... Sarney assume a presidência do Senado pela terceira vez, está lá desde 1970, sabe de tudo, (da ‘casa’ e dos senadores) vai para a tribuna, engana a todos, faz uma porção de frases de efeito, sai como o herói sem nenhum caráter. 4 frases. 1- ‘A crise não é minha, é do Senado’. 2- ‘Não é só do Brasil, é da democracia e do mundo’. 3- ‘Querem destruir o Legislativo, qual a razão?’ 4- ‘Ninguém no Brasil pode JULGAR UM HOMEM COMO EU’.”(sic). Ao que acrescento: Só rindo pra não chorar!
(1) Não confundir com o Incrível Hulk, um personagem das HQ que virou seriado de TV e alguns filmecos computadorizados por aí.
(2) O dia em que Sarney entrou para a Academia Brasileira de Letras e vestiu o “fardão” eu passei a descreditar completamente (repito, completamente) daquela entidade.
(3) A terminologia já é escandalosa por si só.
(4) Republiqueta curiosa a nossa. Afinal, ninguém nunca sabe de nada...
(5) Idem, ibidem.
(6) Relembrando os tempos em que Millôr criou este apelido para definir o caráter elitista do último presidente do Brasil, (embora “civil”) herdeiro da era militar.
8 comentários:
Amei esta tua postagem.
Só tenho a acrescentar que os dois são criaturas tão monstruoosas quanto o Hulk dos quadrinhos.
Este pelo menos era fictício.
Os outros infelizmente estão aí apavorando a todos com a sua feiura interior.
Ieda, gostei do seu "monstruoosas". Sei que deve ter sido um erro de digitação, mas deveriam ser "monsruoooooosas".
Incrível Huck é uma coisa que sempre pensei. O nome é muito parecido.
Mas até que eu assisto aquele program nos sábados que não tenho nada pra fazer.
Escandalo secreto é demais. O apelido Secreta é mais ainda. E do Sir Ney (gostei dessa) nem se fala. Tudo para chorar e lembrar que devemos pensar muito em quem votar.
Os chamados 'atos secretos', a rigor, não existem, porque para um ato ser válido é necessário a sua 'publicização', segundo reza a doutrina jurídica.
Para Sarney, o Congresso Nacional é uma espécie da "Casa da Mãe Joana".
Grande escândalo, este.
E quanto a Huck...
Gosto não se discute. Mas eu tenho uma espécie de alergia à TV aberta (de um modo geral) e acho este Huck tão insuportável quanto tantos outros.
O apelido "Sir Ney" foi uma brilhante (como tantas outras)criação do Millôr. Mas, certamente você devia ser menininha nesta época.
Não sabia disso. Será? Afinal, por que são secretos?
Quanto a Sarney, para ele, com certeza o Brasil é a "Casa da Mãe Joana".
"Não existe ato jurídico se não houver a sua publicação em Diário Oficial" (Orlando Gomes).É uma coisa de Kafka. Uma determinada pessoa que tenha sido nomeada para um cargo, por exemplo, no Senado, na verdade não a foi e tem que devolver, segundo reza a lei, o dinheiro que ganhou enquanto estava na guarida do tal 'ato secreto' - que não existe.
Veja a que nível o Senado chegou. E Sarney, Agarciel e sua 'tchurma', conhecedores da doutrina jurídica, não sabiam desse princípio elementar?
É um caso para destituição do Presidente daquele que um dia o rigoroso Prudente de Moraes chamou de "Meu Senado".
Obrigado pelo esclarecimento.
Você, advogado formado, naturalmente entende bem deste tramite, pois, apesar de não exercer a profissão tem uma formação acadêmica no asunto.
Mas, acontece que vivemos neste país (de merda) sem lei. Ou pior com as leis sendo cumpridas apenas para os desprovidos. Seria até melhor dizer contra os desprovidos.
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