domingo, 16 de janeiro de 2011

Pensatas de domingo

Por que votei nulo? Pelo menos assim o fiz para governador, senador e deputados estadual e federal. E não me arrependo! Acabei votando em Dilma na primeira volta porque Marina ameaçou e concretizou um segundo turno com Serra. Marina sabia que não iria para o segundo, mas entrou pra melar. Na segunda volta votei em Dilma porque penso que a presidente eleita está à esquerda do Sr. da Silva. Certamente ela não vai romper com o establishment , mas é claro que estará à frente de Lula em muitas questões. Só nos resta aguardar...
Agora, Cabral & Cia... Estes são uma cambada que não merecem o meu voto nem que seja útil. E estão aí, no dia a dia comprovando meu “não voto”! E, por não ter votado neles, poder dormir tranquilo.

Até para justificar o voto que depositei em Dilma Rousseff, a presidente disse na tarde de quinta-feira (13/04) em visita à região serrana que “a construção de moradias em áreas de risco é a regra, não a exceção no Brasil.”
Questionada sobre a diferença nos investimentos feitos pelo governo federal em 2010 na prevenção e na recuperação dos desastres, a presidente afirmou que é necessário articular políticas. "Geralmente, olham pra questão da Defesa Civil e acham que são problemas pontuais. Mas a prevenção não é uma questão de Defesa Civil apenas, ela é uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional.”
E sei que ela pensa assim. Até porque, pelas suas origens, a presidente tem uma visão dialética da história ancorada no materialismo histórico. E isto faz uma senhora diferença na hora de julgar um simples acontecimento.

São Paulo está nas mãos do PSDB, desde que Mario Covas o enterrou. É tempo demais. Aliás, paulistas, não nos esqueçamos, foram os culpados por Ademar de Barros e Janio Quadros em nossa história, noutros tempos. E depois, obviamente FHC, o energúmeno. E Tiririca, Clodovil, Maluf? O fato é que sempre votaram mal, muito mal!

Ontem li uma matéria no jornal Público (na minha opinião o melhor de Portugal), cujo título é: “Maior catástrofe das últimas décadas expõe atraso do Brasil” que mostra a nossa fragilidade frente a questões da natureza, mas provocada pelo nosso subdesenvolvimento social e cultural. A reportagem diz mais à frente: “Não se trata de falta de dinheiro, porque os dados que agora estão a emergir mostram como o Brasil tem gasto muito mais a remediar do que a prevenir: segundo a Organização não Governamental Contas Abertas, o país gastou 167,5 milhões de reais a prevenir e 2,3 mil milhões (1) a remediar.”
E por falar nisso, o saldo das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro totaliza 600 mortes e cerca de 14.000 desabrigados (até o momento). Espero que o Sr. Cabral pense um pouco na sua dose de responsabilidade nesta gravíssima questão...

Documentos confidenciais divulgados pelo WikiLeaks na quinta feira passada revelam que o governo dos Estados Unidos procurou o serviço diplomático brasileiro para pedir formalmente que o país contribuísse na guerra do Afeganistão e o Brasil se negou a participar.
De acordo com uma comunicação diplomática do final de 2008, ainda sob governo de George W. Bush, o então embaixador estadunidense Clifford Sobel relata que a solicitação teria sido encaminhada a funcionários brasileiros em setembro, destacando que o Brasil “tem procurado por projetos relacionados a desenvolvimento, em detrimento a apoio para o setor militar”.

E a frase da semana fica por conta de Hebe Camargo ao dizer “... Hoje não sou mais uma mulher de segunda, mas de terça”, referindo-se ao fato de seu novo programa na RedeTV será às terças feiras e não mais às segundas como no SBT.


(1) 2,3 bilhões

6 comentários:

André Setaro disse...

A tolinha da Hebe Camargo sempre com suas frases bobinhas. Já com seus 82 anos bem vividos, entrevistada por Marília Gabriela, que teve a ousadia de lhe perguntar sobre a atividade sexual numa mulher de meia-idade, respondeu: "Não pratico mais sexo, mas se o praticasse, gostaria de transar com Roberto Carlos" Uma mulher de sua idade deveria já ter aposentado os seus apetites adormecidos, pois seu tempo reprodutor já se findou.

Mas mudando da água para o vinho, Hélio Fernandes, em suas colunas diárias, que as leio com assiduidade, chama o governador do Rio de Janeiro, assim mesmo com minúscula: "cabralzinho" ou, então, "serginho cabralzinho filhinho". Custa crer que é filho de Sérgio Cabral, jornalista de 'O Pasquim', pesquisador musical, homem de outra seara e de outros horizontes.

Jonga Olivieri disse...

Então, ao ler a Tribuna de hoje, encontrei uma postagem do Helio Fernandes falando de podres chocantas do (des)governador do Rio de Janeiro.
Fico a pensar porque o governo federal repassa esses empréstimos e não exige um comprovante que justifique a sua utilização.
Quer dizer: as "autoridades" estaduais e municipais desviam, enchem os bolsos e nada tem recibo.
Demais...

Simey Lopes disse...

Acredito de fato que o Brasil só é um pais subdesenvolvido ainda por causa da politica. Ouvi uma vez de um professor que o Brasil tem dinheiro o bastante para resolver todos os problemas e ainda sobrar para os bolsos dos nossos queridos politicos.
Sendo isso um fato ou não acredito sim que o Brasil tem potencial pra mais.

Anônimo disse...

Acho que você acertou em cheio na crítica a Sergio Cabral porque ele tem sido negligente e só pensa em se promover às custas do pouco que faz ancorado em outros.
Usou o Lula até onde não pôde mais e acabou que o próprio ex-presidente o ignorou completamente no final de seu governo.
Basta ver a flata de apoio às suas indicações para ministérios.
Com Dilma eu tenho certeza que será pior. Ela é menos politiqueira que Lula. E também mais pavio curto. Vai jogar duro com o picareta do governador, ou como você diz des-governador.
Mauro Meirelles

Jonga Olivieri disse...

Tambem acho Simey. Veja bem: as nossas riquezas são queimadas e consumidas pela corrupção em Brasília. Basta ver o aumento da moçada no Congresso!!!
No dia que eles forem mais sérios vamos crescer muito mais.

Jonga Olivieri disse...

Vamos ver. O "cabralzinho" (1) é tipicamente uma "raposa felpuda" como dizia o Zózimo Barroso nos bons tempos de sua coluna no JB...

(1) copyright by Helio Fernandes