Ainda ontem faltei em um dos comentários neste blogue sobre o livro de Steven Pressfield (1) que recria a invasão de Alexandre, o Grande, aos reinos afegãos em uma campanha que prenuncia as táticas, terrores e frustrações dos conflitos contemporâneos no Iraque e no Afeganistão. Segue abaixo uma transcrição dos comentários sobre a referida obra publicada no site da Editora Objetiva.
“Para Steven Pressfield, um dos maiores autores de ficção histórica da atualidade, a Guerra do Iraque travada pelos Estados Unidos e a invasão de Alexandre, o Grande aos reinos afegãos em 330 A.C. são conflitos bastante semelhantes. Em Campanha no Afeganistão, o escritor recria a batalha que se iniciou há mais de 2 mil anos e que, segundo ele, foi marcada pelas mesmas táticas, frustrações e terror das disputas contemporâneas: ‘Essa guerra é exatamente igual à guerra que as tropas americanas estão lutando hoje no Iraque. Mesmas táticas, mesmos parceiros de conflito, mesma dinâmica Oriente versus Ocidente. E completa: ‘A campanha do Afeganistão é absolutamente o protótipo das guerras atuais no Oriente Médio.’
Liderando o exército mais poderoso de sua época, Alexandre, o Grande invadiu os territórios hoje conhecidos como Iraque e Afeganistão depois de ter conquistado uma vitória arrasadora contra o império Persa. Muito confiante, acreditava que seria capaz de em pouco tempo pacificar estes lugares, que considerava um conjunto heterogêneo de tribos primitivas. Pensava que conseguiria atingir seus objetivos em um único verão. Porém, ao contrário do que imaginou, ficou lá por três longos e brutais anos, na mais amarga batalha de sua carreira ― mais macedônios foram massacrados nesse período do que em todas as campanhas de Alexandre e de seu pai Philip juntas. Somente uma combinação de novas técnicas de luta, diplomacia e intrigas pessoais e políticas livraram Alexandre e seu exército de uma derrota vergonhosa.
Campanha no Afeganistão mostra o que um grupo de homens do exército invasor ocidental, com código humanista e secular, é capaz de suportar para impor sua vontade ao inimigo, violentos guerreiros orientais, pessoas de profunda religiosidade, orgulho irredutível e uma ardorosa aptidão para defender sua pátria a todo custo.
No livro, Mattias, um jovem soldado da infantaria do exército de Alexandre, é o narrador. Por meio do personagem, Steven Pressfield revela os desafios, tanto militares quanto morais, que Alexandre e seus soldados enfrentam quando se envolvem num novo tipo de guerra e são forçados a se adaptar aos métodos de um impiedoso adversário, que emprega terrorismo e táticas insurgentes, esconde-se entre a população civil e recruta mulheres e meninos como combatentes.”
(1) Pressfield, nascido em setembro de 1943, é escritor e autor de peças teatrais. Seus livros retratam principalmente a ficção histórica militar em ambientes da antiguidade clássica. Suas obras de ficção histórica têm alto valor de pesquisa, mas, para dar andamento ao drama, Pressfield pode alterar alguns detalhes, como a seqüência dos eventos, ou fazer uso de termos contemporâneos e nomes de locais celebrados, com o objetivo, segundo ele, de tentar capturar o “espírito dos tempos”. (dados coletados na Wikipédia)
“Para Steven Pressfield, um dos maiores autores de ficção histórica da atualidade, a Guerra do Iraque travada pelos Estados Unidos e a invasão de Alexandre, o Grande aos reinos afegãos em 330 A.C. são conflitos bastante semelhantes. Em Campanha no Afeganistão, o escritor recria a batalha que se iniciou há mais de 2 mil anos e que, segundo ele, foi marcada pelas mesmas táticas, frustrações e terror das disputas contemporâneas: ‘Essa guerra é exatamente igual à guerra que as tropas americanas estão lutando hoje no Iraque. Mesmas táticas, mesmos parceiros de conflito, mesma dinâmica Oriente versus Ocidente. E completa: ‘A campanha do Afeganistão é absolutamente o protótipo das guerras atuais no Oriente Médio.’
Liderando o exército mais poderoso de sua época, Alexandre, o Grande invadiu os territórios hoje conhecidos como Iraque e Afeganistão depois de ter conquistado uma vitória arrasadora contra o império Persa. Muito confiante, acreditava que seria capaz de em pouco tempo pacificar estes lugares, que considerava um conjunto heterogêneo de tribos primitivas. Pensava que conseguiria atingir seus objetivos em um único verão. Porém, ao contrário do que imaginou, ficou lá por três longos e brutais anos, na mais amarga batalha de sua carreira ― mais macedônios foram massacrados nesse período do que em todas as campanhas de Alexandre e de seu pai Philip juntas. Somente uma combinação de novas técnicas de luta, diplomacia e intrigas pessoais e políticas livraram Alexandre e seu exército de uma derrota vergonhosa.
Campanha no Afeganistão mostra o que um grupo de homens do exército invasor ocidental, com código humanista e secular, é capaz de suportar para impor sua vontade ao inimigo, violentos guerreiros orientais, pessoas de profunda religiosidade, orgulho irredutível e uma ardorosa aptidão para defender sua pátria a todo custo.
No livro, Mattias, um jovem soldado da infantaria do exército de Alexandre, é o narrador. Por meio do personagem, Steven Pressfield revela os desafios, tanto militares quanto morais, que Alexandre e seus soldados enfrentam quando se envolvem num novo tipo de guerra e são forçados a se adaptar aos métodos de um impiedoso adversário, que emprega terrorismo e táticas insurgentes, esconde-se entre a população civil e recruta mulheres e meninos como combatentes.”
(1) Pressfield, nascido em setembro de 1943, é escritor e autor de peças teatrais. Seus livros retratam principalmente a ficção histórica militar em ambientes da antiguidade clássica. Suas obras de ficção histórica têm alto valor de pesquisa, mas, para dar andamento ao drama, Pressfield pode alterar alguns detalhes, como a seqüência dos eventos, ou fazer uso de termos contemporâneos e nomes de locais celebrados, com o objetivo, segundo ele, de tentar capturar o “espírito dos tempos”. (dados coletados na Wikipédia)
6 comentários:
Um excelente complemento e conseqüência a sua postagem de ontem.
Ademais achei que o título tem tudo a ver? Será que também vai se tornar o "calcanhar de Obama"?
Talvez, pois já foi o de Gorbatchov.
Justamente achei que este texto da editora esclarece bem sobre o livro, que, apesar de ficional é escrito por um pesquisador sério que parte do real.
Calcanhares à parte, o império ianque está a se esgotar em seu percurso rumo à queda.
Com Obama... E com Osama!
Não só complemento mas aprofundamento de uma situação que pode ser observada a cada dia.
Tanto no Afganistão quanto no Iraque está se repetindo o que já aconteceu no Vietnã.
A exemplo de Alexandre o Grande, a lição pode vir de onde menos se espera.
E ainda querem guerra por ali?
É tão difícil aprender as coisas?
Caspt!
O império contra ataca, contra atca, mas agora a coisa ficou preta pro lado deles.
Com o reforço da "frente afegã" surge mesmo um novo Vietnam.
Desafios inatingíveis... Desde a aAntiguidade.
Postar um comentário