Tenho falado de quando em vez alguma coisa da culinária portuguesa. Acho que complementar uma boa refeição com um vinho adequado é uma forma de degustar qualquer prato. Os vinhos portugueses, além de serem reconhecidamente de boa qualidade, teem regiões demarcadas que veem a ser um conjunto de áreas que produzem vinhos com características específicas, obtidos de uvas provenientes de castas colhidas naqueles locais. Apesar de serem produzidos em todo o país, as principais regiões demarcadas são as do Douro, do Dão, da Bairrada e a dos Vinhos verdes. Vamos falar um pouco de cada uma delas.
O Douro produz o famoso vinho do Porto. Suas origens remontam a séculos de cultivo e fama, além de ser uma região belíssima em que os vinhedos são localizados em encostas às margens do rio do mesmo nome. Conheci bem esta área, pois, muito próxima à cidade do Porto, cruzei por ela inúmeras vezes em passeios ou até mesmo a trabalho. Aliás, viajar pelas estradas que acompanham o belo rio é uma experiência gratificante que recomendo a qualquer um que tenha a oportunidade de fazê-lo. O Douro foi a primeira região vinícola demarcada em Portugal.
O clássico vinho do Porto tinto é conhecido e tido como um dos melhores digestivos do mundo. Mas há também o branco, igualmente muito saboroso e que deve ser tomado como aperitivo, e que os portugueses até acompanham em refeições. São diversas as marcas deste precioso vinho. Porém o mais curioso é que as suas caves estão localizadas na cidade de Vila Nova de Gaia, que fica bem defronte à cidade do Porto, separada apenas pelo rio Douro, num trecho bastante estreito.
Os vinhos da região do Dão, são vinhos de mesa maduros bastante conhecidos no Brasil. O Dão é produzido na região que também é cortada pelo rio do mesmo nome, além de outro muito conhecido em Portugal de nome Mondego. É uma região bastante montanhosa, bem próxima à serra da Estrela. Suas marcas mais difundidas são Grão Vasco e Duque de Viseu, ou o Aliança Garrafeira Grão Tinto, mas eu recomendo o Reserva Dão Tinto. Um vinho inesquecível. São todos de primeira qualidade para acompanhar uma boa refeição.
Também assim são os vinhos da Bairrada, região bem próxima ao Porto, indo em direção a Coimbra e que é famosa pelo seu leitão, muito semelhante ao nosso à pururuca. Vinhos excelentes, cultivados em um delicioso clima temperado mediterrâneo, e que também são exportados para todo o mundo, tendo sua qualidade reconhecida em larga escala. Há um que conheço, o Angelus. Vale a pena provar. Não são tão difundidos no Brasil quanto os Dão, mas podem ser encontrados aqui com certa facilidade, em casas especializadas.
E o vinho verde? Este sim, um vinho autenticamente português. Uma verdadeira exclusividade daquele país. E, por sinal, delicioso. Deve ser servido com a garrafa em rápido movimento ascendente em relação ao cálice para que possa borbulhar e liberar alguns gases. É uma operação difícil, mas ao final de algum tempo de treino dá certo. É produzido no extremo norte de Portugal, no Minho, uma das áreas mais lindas e verdes do país. O seu nome, deve-se ao fato de ser pouco maturado, tornando-se assim o oposto dos vinhos maduros. Mas, suas uvas excelentes propiciam um sabor e leveza fora de série. Os vinhos verdes são os meus preferidos. Pena que por aqui o mais famoso deles não é um dos melhores. O Casal Garcia é considerado por lá apenas razoável, sendo os mais apreciados o Quinta do Azevedo, o Gazela, o Quinta de Aveleda ou o Loureiro, somente para citar alguns. Na verdade, existe uma infinidade de outras boas marcas que podem ser encontradas no Brasil.
Isto feito, podemos sentar à mesa, fazer um bom brinde e saborear o melhor dos pratos... Que tal um bacalhau?
O Douro produz o famoso vinho do Porto. Suas origens remontam a séculos de cultivo e fama, além de ser uma região belíssima em que os vinhedos são localizados em encostas às margens do rio do mesmo nome. Conheci bem esta área, pois, muito próxima à cidade do Porto, cruzei por ela inúmeras vezes em passeios ou até mesmo a trabalho. Aliás, viajar pelas estradas que acompanham o belo rio é uma experiência gratificante que recomendo a qualquer um que tenha a oportunidade de fazê-lo. O Douro foi a primeira região vinícola demarcada em Portugal.
O clássico vinho do Porto tinto é conhecido e tido como um dos melhores digestivos do mundo. Mas há também o branco, igualmente muito saboroso e que deve ser tomado como aperitivo, e que os portugueses até acompanham em refeições. São diversas as marcas deste precioso vinho. Porém o mais curioso é que as suas caves estão localizadas na cidade de Vila Nova de Gaia, que fica bem defronte à cidade do Porto, separada apenas pelo rio Douro, num trecho bastante estreito.
Os vinhos da região do Dão, são vinhos de mesa maduros bastante conhecidos no Brasil. O Dão é produzido na região que também é cortada pelo rio do mesmo nome, além de outro muito conhecido em Portugal de nome Mondego. É uma região bastante montanhosa, bem próxima à serra da Estrela. Suas marcas mais difundidas são Grão Vasco e Duque de Viseu, ou o Aliança Garrafeira Grão Tinto, mas eu recomendo o Reserva Dão Tinto. Um vinho inesquecível. São todos de primeira qualidade para acompanhar uma boa refeição.
Também assim são os vinhos da Bairrada, região bem próxima ao Porto, indo em direção a Coimbra e que é famosa pelo seu leitão, muito semelhante ao nosso à pururuca. Vinhos excelentes, cultivados em um delicioso clima temperado mediterrâneo, e que também são exportados para todo o mundo, tendo sua qualidade reconhecida em larga escala. Há um que conheço, o Angelus. Vale a pena provar. Não são tão difundidos no Brasil quanto os Dão, mas podem ser encontrados aqui com certa facilidade, em casas especializadas.
E o vinho verde? Este sim, um vinho autenticamente português. Uma verdadeira exclusividade daquele país. E, por sinal, delicioso. Deve ser servido com a garrafa em rápido movimento ascendente em relação ao cálice para que possa borbulhar e liberar alguns gases. É uma operação difícil, mas ao final de algum tempo de treino dá certo. É produzido no extremo norte de Portugal, no Minho, uma das áreas mais lindas e verdes do país. O seu nome, deve-se ao fato de ser pouco maturado, tornando-se assim o oposto dos vinhos maduros. Mas, suas uvas excelentes propiciam um sabor e leveza fora de série. Os vinhos verdes são os meus preferidos. Pena que por aqui o mais famoso deles não é um dos melhores. O Casal Garcia é considerado por lá apenas razoável, sendo os mais apreciados o Quinta do Azevedo, o Gazela, o Quinta de Aveleda ou o Loureiro, somente para citar alguns. Na verdade, existe uma infinidade de outras boas marcas que podem ser encontradas no Brasil.
Isto feito, podemos sentar à mesa, fazer um bom brinde e saborear o melhor dos pratos... Que tal um bacalhau?
6 comentários:
Infelizmente (e ponha infelizmente nisso), não possuo a cultura vinícola, considerando-me um ignorante em matéria de vinhos, embora os aprecie em ocasiões especiais. E aprecio a quem os aprecia, pois sinal de bom gosto, de certa 'finesse' no paladar. Como é o caso do autor deste blog. Minha bebida é o chopp, quando no Rio - aqui, em Salvador, não há chopp que preste, e a cerveja (com algum conhecimento de marcas)
Eu era assim como você, um exigente conhecedor de cerveja e chope.
Forçado por questões de saúde a optar pelo vinho, passei a estudar um pouco mais desta bebida.
Porem, confesso, ainda fico mais feliz quando verto uma geladinha!
Nós aqui no sul gostamos demais de vinhos.
Também o clima ajuda, tu há de concordar.
Tem toda razão, "guapa"! O clima aí ajuda demais.
E, afinal, vocês sempre fabricaram os melhores vinhos do Brasil...
Na França, por exemplo, há a cultura do vinho, que é tomado em quase todas as refeições. O jovem se acostuma a bebê-lo. E diversas marcas de vinho são encontradiças em todos os estabelecimentos.
Em nossa família não há esta cultura. Com exceção de Durvalito, que gostava de vinho, os outros familiares não costumavam bebê-lo. Assim, fui criado "fora" da cultura vinícola, vindo a apreciá-lo adulto, e por conta própria. Mas o que me enche de alegria é tomar um chopinho em um dos botecos do Rio de Janeiro acompanhado de um tira-gosto especial.
Começando pelo final... Os botecos do Rio são muito bons. Quer melhor do que a Adega Pérola?
Cerveja é muito bom!
Já o vinho, lembro bem do saudoso Durvalito enaltecendo as virtudes saudáveis do vinho.
Bom, era médico e dizia sempre que um cálice de vinho às refeições é muito bom.
Mas aí é que está! Ficar numa só? Para mim teem que ser umas quatro pra começar a chegar no ponto de equilíbrio...
Aliás --e curiosamante--, na cultura mediterrânea as pessoas chegam a tomar um cálice (seerá que só?) até no desjejum!
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